Acompanho o futebol de relancina. Nada de gritos histéricos quando meu time ganha ou perde. Por isso mesmo, vê-lo de fora nos ensina muita coisa que os que só vêem a árvore não se tocam.
A primeira coisa nesse Grenal de domingo foi a torcida pedir a cabeça do treinador Roger. É sempre assim, no futebol e na vida. A patuleia ensandecida quer a cabeça do treinador mesmo que ele não seja o único culpado.

Olhar a floresta do Inter mostra que um segredo de Polichinelo, que o clube está em situação calamitosa, tanto no campo como nas finanças. Mercê de acordos desastrados, um dos quais tem prazo de algemas por 40 anos.
E isso se reflete no campo. Então parem de jogar pedras na Geni.
Um estado que não diz a que veio
Talvez seja melhor dizer por uma frase mais comprida, tão felizes que fomos tão tristes que voltamos. Quando comecei a entender de economia, no inícios dos anos 1970, o Rio Grande do Sul tinha cerca de 12% do PIB brasileiro, hoje ronda os 6%.

O que mudou para chegarmos a esse ponto exige um tratado, que vai desde nossa posição geográfica até uma série de administrações frágeis. O que nós (e o Brasil) precisamos é de um estadista, um que saiba virar o jogo. Infelizmente, não se acha um em farmácia.
Ney Braga, o sábio
Nos anos 1970, entrevistei informalmente o governador paranaense Ney Braga. A folhas tantas ele ironizou os gaúchos, que nós só queríamos ministérios.
– Eu sou mais prático. Eu faço força para ter o cargo de chefe do crédito agrícola do Banco do Brasil e o sujeito que tem a chave do cofre do Banco Central – falou ele com tom irônico.

Pois é. Olhem o Paraná de hoje. Mesma coisa com Santa Catarina, que os gaúchos só sabiam esculhambar tipo “manezinho da ilha”, que não sabia fazer nada bem feito. Não eram bem eles que se enquadram nessa definição.
Êta nóis!
Vi algumas besteiras televisivas tupiniquins na televisão neste final de semana. Cheguei a duas conclusões. A primeira: no Brasil até o humor fino é grosso. Segunda, tem alguns programas que são tão ruins que são bons.
IARGS
Promove palestra hoje, às 12h, com a advogada Maria Inês Alves de Campos sobre “O Impasse ao Entendimento”. Já no dia 25/às 19h, o advogado Francisco Egito Tema participará on-line do Grupo de Estudos de Direito Imobiliário e Condominial, pelo YouTube do IARGS, com o tema “O Condomínio Edilício à luz da Teoria das Organizações”.