Havia um tema recorrente nas histórias de quadrinhos do século XX cujas imagens mostravam castelos da Idade Média, com seus guardas das madrugadas nas amuradas, em que eles falavam: “É meia-noite e por enquanto nada de novo”. Pois vivemos algo assim nesse Brasil de hoje.
O que acontece é o de sempre, nenhuma novidade do front. Bolsonaro vai ser preso, o Congresso fica em ritmo de rame-rame das reformas e assim por diante. Na prática, é a teoria dos Fractais.
A Teoria dos Fractais
Desde que a teoria apareceu, a melhor analogia ainda é com uma árvore, seu tronco especificamente. Você olha de perto e a casca está cheia de altos e baixos parecendo que é obra malfeita da natureza.

Ou seja, imprecisa a tal ponto que dá a ideia de quem a começou não tinha projeto e nem sabia o que queria. Pois é precisamente o contrário.
Tão longe, tão perto
Tomando certa distância, observa-se o contrário, o tronco é uma obra precisa e quem o criou sabia muito bem o que queria. Esqueça as minúcias, o tronco de um vegetal é uma obra perfeita.

E neste ponto, a história brasileira e a árvore deixam de ter algo em comum. O Brasil, sim, é coisa imperfeita e, ao longo da sua história, nunca soube onde queria chegar, salvo no tempo do Império, por incrível que pareça.
Voar é com os trens
Pois voamos sentados em um vagão voando dentro de trilhos em altos e baixos e, ao fim e ao cabo, voltamos ao ponto de partida. Perplexos, nos perguntamos o que deu errado na viagem do Trem Brasil que não sabe onde chegar.

Quem deu errado fomos nós. Nunca soubemos escolher operadores que dessem tenência aos sucessivos governos pelo simples fato que nós, a famosa sociedade, também não a temos.