Acho que vi na Globo uma reportagem mostrando a evolução dos robôs, que contempla inclusive robôs sexuais. Serão tão perfeitos (homens e mulheres e imediações) que deixarão as bonecas infláveis do passado no chinelo. Claro que não poderia demorar o politicamente correto robótico. Especialistas em ética robótica lançaram a Campanha Contra Sexo com Robôs.
Bonecas infláveis chegaram a ser objeto de desejo de consumo. Confesso que nunca vi uma ao vivo. Que se comportasse como uma, sim, inclusive quanto à largura, mas ao vivo e em borracha inflável nunca. Custavam caro, e cá pra nós, assoprar, deixá-la à vontade e, principalmente, deixar você à vontade leva tempo. Sem falar que muito macho destemido podia brochar.
Contam que um famoso bordel tinha as tais bonecas para emergências, para fregueses de porre. Pois se deu o causo, um marinheiro meio violento entrou na casa dizendo que ou arrumavam uma mulher em dois minutos ou ele quebrava a casa. A solução da Tia, a dona do pedaço – todo cabaré tem uma Tia – foi levá-lo ao quarto onde jazia uma lânguida boneca inflável.
Boa parte de vocês conhece a história. Pouco tempo depois o marinheiro saiu e foi direto se queixar para a Tia.
– Que mulher que você me arrumou, hein? Calada, não queria papo e nem mesmo reclamou quando dei uma bofetada nela. Sem querer encostei o cigarro acesa nela, e sabe o que ela fez? Deu um pum! Daqueles e saiu voando pela janela!