Antes de ser conhecido como o grande inventor do telefone, Bell era um filho tentando se comunicar com a mãe, que era surda. Na época, as pessoas falavam com deficientes auditivos usando um tubo no ouvido. Mas Bell fazia diferente: colocava a boca próxima à testa dela, acreditando que ela poderia sentir as vibrações da sua voz.
Mais tarde, Bell viajou a Londres para estudar. Lá encantou-se por uma obra do alemão Hermann Von Helmholtz. O detalhe? Ele não sabia alemão.
Como então estudar um dos maiores físicos da época? Ele simplesmente continuou. A falta de conhecimento no idioma não foi suficiente para detê-lo em sua busca por conhecimento. Seu desejo de se comunicar — e de criar soluções para seus problemas — falava mais alto.
Ao estudar o livro de Helmholtz, Bell interpretou de forma errada seus diagramas, acreditando que o som poderia ser transmitido por um fio — algo nunca afirmado. Bell disse mais tarde:
– Se eu soubesse alemão, talvez nunca tivesse inventado o telefone.
(*) Por Patrícia Stedile, CEO da Engenharia de Comunicação