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O golpe da tampinha

A Pepsi está lançando uma campanha global lançando os emojis, ação que envolve um bilhão de garrafas, latas e óculos de sol (http://www.multivu.com/players/pt/7812851-say-it-with-pepsi/). Nos anos 1950, a Pepsi dominava o mercado das colas no RS, graças a um visionário de marketing, o seu presidente, o Comendador Heitor Pires. Tanto que se dizia que a Coca só perderia para a Pepsi em duas cidades do mundo, em Nova Iorque e Porto Alegre.

fuscaO Comendador era um gênio. Para chegar à liderança, promoveu uma série de ações inéditas, entre elas a campanha da tampinha. O clube cuja torcida juntasse mais tampinhas de Pepsi ganhava um ônibus especial para transportar o time, inédito na época. Ganhou o Aimoré de São Leopoldo.  Tirando a cortiça do fundo das tampinhas havia vários prêmios, desde outro refrigerante grátis até o prêmio máximo, um fusca 0 Km, sonho de consumo naqueles anos…

Surgiu um lenda urbana no arrasto. Um sujeito bateu na porta de Heitor Pires reclamando o fusca – que já havia sido entregue. Os técnicos que cunharam a tampinha premiada a reviraram do avesso. Tudo conferia nos mínimos detalhes. Até o microscópico logotipo da marca impresso no para-choque estava lá. Os advogados recomendaram que entregassem outra fusca para o sujeito. Só que ele não contava com a astúcia de Heitor Pires. Casualmente ele olhou o outro lado.

Era uma tampinha da Brahma.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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