Em sua coluna MediaTalks by J&Cia, Luciana Gurgel informa que, segundo o relatório State of Local News 2025, feito pela Medill School of Journalism da Northwestern University, que acaba de ser divulgado, 40% dos jornais desapareceram desde 2005 e 50 milhões de pessoas já vivem em regiões sem cobertura jornalística sobre assuntos da comunidade.

A retração atinge não só o impresso: nos 100 maiores jornais do país, o tráfego digital caiu 45% em quatro anos. Isso reflete mudanças de hábito e o impacto da inteligência artificial nas buscas, que reduzem o acesso direto às fontes originais.
Um pulo no vazio
A matéria acima saiu no site Jornalistas & Cia, e é, para dizer o mínimo, desolador. Não é muito diferente no Brasil. O que e como o povo substituiu as informações? Posso dar uma pista.

É só olhar para grupos de pessoas dedilhando o celular mesmo em eventos que requerem atenção. As redes sociais, na maioria das vezes, são cobras engolindo o próprio rabo. Vivemos uma transição para dar um pulo no vazio.
A cidades crescem e perdem a alma
Depois de passar de 600/700 mil habitantes as cidades são muito difíceis de administrar. Tudo começa a complicar e a cada problema resolvido surgem outros dois.
Sempre correndo atrás da máquina, os prefeitos fazem o que podem, segurança, transporte, educação, brigas ideológicas. Há fórmulas que podem amenizar o drama. São Paulo criou as regionais, dividindo e descentralizando a administração.

Caso de Porto Alegre, que nem tem mais porto e deixou de ser alegre.
No passado, a solução
Até meados dos anos 1970, havia a figura do subprefeito, cargo criado porque as comunicações eram difíceis, estradas ruins, e ele podia ver o drama in loco e relatando-o para o “patrão”. Hoje temos vice-prefeitos,mas que ficam em segundo plano na eventualidade do impedimento ou viagem do titular. Ele deveria ser – termo que detesto, mas na sua falta vai ser esse mesmo – proativo, ter iniciativa e não esperar ordens.
Parabéns pra você
O Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (CIERGS) completa hoje 95 anos de defesa do setor industrial e de incentivo ao desenvolvimento econômico gaúcho. Fundada como Centro da Indústria Fabril do Rio Grande do Sul (Cinfa), em 7 de novembro de 1930, a entidade impulsionou a representação industrial organizada no estado, dando origem, sete anos depois, à Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS).

O presidente do CIERGS e da FIERGS, Claudio Bier, lembra que foi Antônio Jacob Renner, ao lado de outros representantes de indústrias gaúchas, quem liderou o movimento para formar a identidade industrial do Rio Grande do Sul, fundando o Cinfa. Também recorda que a entidade evoluiu e, em 1951, tornou-se o CIERGS,
Como disse o beija-flor para o helicóptero, fui eu que te inventei.
Pensamento do Dias