Em décadas passadas, os funcionários públicos eram chamados e barnabés. E a palavra marajá, hoje em desuso, surgiu primeiro em Porto Alegre, foi usada para os funcionários da Fazenda Municipal da Capital, quando começaram a cobrar IPTU de quem nunca pagou, porque não havia um levantamento das habitações. Um levantamento aerofotogramétrico feito por um avião Caravelle da falecida companhia aérea Cruzeiro do Sul mapeou a cidade. Isso nos tempos de Leonel Brizola prefeito.
Como era uma barra visitar domicílio por domicílio para fins de registro do imóvel, um grupo escolhido a dedo percorreu a cidade. Mas, para dar certo, tiveram que dar uma comissão a cada fiscal, que acabou incorporada aos vencimentos.
Os colegas que sabiam desses ganhos extraordinários passaram a chamá-los de marajás. Quem me contou o caso foi um deles, Rivadávia Correia de Souza, também jornalista e com textos primorosos esparramados nas crônicas publicadas no jornal Correio do Povo.