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No tempo dos barnabés

Em décadas passadas, os funcionários públicos eram chamados e barnabés. E a palavra marajá, hoje em desuso, surgiu primeiro em Porto Alegre, foi usada para os funcionários da Fazenda Municipal da Capital, quando começaram a cobrar IPTU de quem nunca pagou, porque não havia um levantamento das habitações. Um levantamento aerofotogramétrico feito por um avião Caravelle da falecida companhia aérea Cruzeiro do Sul mapeou a cidade. Isso nos tempos de Leonel Brizola prefeito.

Como era uma barra visitar domicílio por domicílio para fins de registro do imóvel, um grupo escolhido a dedo percorreu a cidade. Mas, para dar certo, tiveram que dar uma comissão a cada fiscal, que acabou incorporada aos vencimentos.

Os colegas que sabiam desses ganhos extraordinários passaram a chamá-los de marajás. Quem me contou o caso foi um deles, Rivadávia Correia de Souza, também jornalista e com textos primorosos esparramados nas crônicas publicadas no jornal Correio do Povo.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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