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Meninos, eu vi

Com estes olhos que a terra há de comer, vi, há décadas, um batedor de carteira abrir a bolsa de uma mulher que subia os degraus da porta de um ônibus da linha aeroporto, tirar a carteira de dinheiro dentro dela, tirar o dinheiro e devolvê-la à bolsa. Tudo isso em poucos segundos. Quase – eu disse – quase – tive vontade de bater palmas.

Batedores de carteira, uma profissão do mal que não se ouve mais falar. Eram comuns até a década de 1970, a maioria era carioca, pelo menos os melhores eram.

Os mais arrojados conseguiam até subtrair carteiras do bolso interno do paletó. Nestes casos, um cúmplice dava o clássico esbarrão para distrair as vítimas.

Esse tipo de ação era feito pelos chamados “mão leve” na gíria policial. E bota leve nisso.

A profissão desapareceu porque exigia prática e habilidade. Então os nossos criminosos batalharam com facas, revólveres, pistolas e fuzis, na maioria das vezes drogados.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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