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Mamães juvenis, o problema

Quase todas as manhãs, tomo café em uma cafeteria na avenida Independência de Porto Alegre, no lado oposto do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas. Ali converso com meus fantasmas antes de começar a trabalhar com o celular.

Muitas grávidas ou com filhos pequenos fazem um lanche no local. Sempre me chama a atenção algo que me deixa preocupado. A quantidade de mães adolescentes ou recém saídas desta faixa etária que vão ou foram ao hospital são uma constante.

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Algumas com os pequenos no colo e já grávidas do segundo. Também vejo os pais jovens. Às vezes, com aflição estampado no rosto.

Há,alguns anos, saiu um estudo mostrando que, em torno de 30% dos nascimentos atendidos pelo SUS, as parturientes são adolescentes abaixo dos 18 anos. Está aí um problema social enorme.

Casais sem condições de sustentar vários filhos, quase crianças que não parecem se dar conta da enorme responsabilidade que vão ter que encarar. A maioria dos pais não têm emprego ou são de baixa renda. Isto leva à pergunta óbvia: como será o futuro desses bebês?

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Estou cansado de ouvir que o governo precisa fazer uma campanha de conscientização blá blá blá. Não adianta, ou adianta muito pouco.

Precisaria ter uma consciência coletiva delas e dos pais destas meninas. Então esqueçam. Na maioria das vezes, quando se dão conta, já é tarde. E para essas mães que acreditam no amor eterno, aqui vai uma dolorosa verdade: quando a fome bate na porta o amor pula a janela.

Tudo é relativo

O Sindicato dos Jornalistas RS pediu 9% de reajuste para os jornais no dissídio anual. Levou 3,3% mais bônus em quatro parcelas e ficou se vangloriando que conseguiu aumento acima da inflação.

https://cnabrasil.org.br/senar

Sim, conseguiu mesmo, 0,16%. Para quem ganha o piso R$ 5,00. Como diz um vizinho meu: “Tô rico”.

O garoto de Olivetto

O publicitário Washington Olivetto, que faleceu neste domingo, 13, rendeu diversos comerciais que ficaram na memória dos brasileiros. E um dos mais marcantes foi Garoto Bombril, que foi representado pelo ator Carlos Moreno, hoje com 70 anos.

O artista entrou para o Guinness Book, o Livro dos Recordes, em 1994, pela campanha publicitária de maior duração na história. Conhecido como o Garoto Bombril, ele permaneceu à frente dos comerciais da empresa até 2017, totalizando 39 anos.

A escolha de Moreno mostrou bem o cuidado de Washington Olivetto para sensibilizar o público feminino. Com seu jeito de menor carente e fala macia quase feminina, despertou o instinto maternal das mulheres. É nos detalhes que a publicidade eficaz mora.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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