Esta notável figura de pé é o artista plástico Vitório Gheno, e ele está todo pimpão porque acabou de completar 101 anos. Imaginem, foi o ano da Revolução de 1923, em que rolou uma polvadeira sem tamanho no Rio Grande do Sul.

Na ponta direita está Cláudio Bier, presidente da Federação das Indústrias do RS; ao lado dele, Zelinho Hocsman. Todos fazem parte da confraria do cafezinho dos sábados e domingos do Z Café da Rua Padre Chagas, no Moinhos de Vento. Faço parte, mas só vou aos sábados. Alguém tem que cuidar da lojinha.

Gheno fez duas coisas na sua vida que contribuíram para sua longevidade, jogou golfe, no Country Club de Porto Alegrem, e pintou ótimos quadros. Só pode ser isso.
Na lida aos 85
Estevão Ozimkoski, 85 anos, morador residente no Reservado do Mauá, interior de Porto Mauá (RS) ainda lavra a roça com arado e junta de bois. Provavelmente, o último que faz esse tipo de serviço com essa idade.

A rotina diária em sua propriedade rural de 40 hectares de terra começa cedo. Ele acorda pelas 5 horas da madrugada, toma chimarrão e, depois, o café. Após sai para os afazeres diários. Ao anoitecer, toma chimarrão novamente, janta e vai dormir cedo.

Para o banho diário, usa sempre uma mangueira com água natural, água essa que vem direto do poço. Isso independente da estação do ano, inclusive no inverno. Ou seja, banho sempre com água fria; no inverno, água gelada.
Na sua rotina diária, na propriedade rural, faz de tudo, cria sempre em torno de 45 suínos para o consumo próprio e venda, prepara a roça com arado e junta de bois. Que contraste com o que se vê na cidade grande. Aqui, boa parte de gente com menos da metade da idade do seu Estevão deitados eternamente nas calçadas pedindo dinheiro para comer.

O que eles disseram
Tergiversação filosófico-praiana do globetrotter Flavio Del Mese, oráculo porto-alegrense para assuntos de turismo: “Não vejo muito sentido pagar em dólares só para tomar sol em outros países“.
“A ocasião não faz o ladrão, o ladrão já nasce feito.”
Pensamento do Dias