É sempre a mesma coisa nas campanhas eleitorais. Se você passar quase que diariamente pelos mesmos pontos da cidade, como a Rua da Praia de Porto Alegre, onde é grande o número de passantes, vai memorizar alguns distribuidores de santinhos, quase 100% pagos.
No início, tratam todos com extrema gentileza e agradecem, mesmo que não peguem o material. No entanto, mais para o final, como agora, alguns já perderam a paciência.
Ontem, vi um deles, na avenida Borges de Medeiros, com olhar cansado e aparência de irritação, tentar inutilmente entregar o santinho do seu candidato. Como ninguém pegou, chutou o pau da barraca.
– Mas ninguém vai pegar essa propaganda, ca…!
Faz sentido, porque eles ganham por santinho que entregaram.
Quem começou primeiro?
O ovo ou a galinha, árabes ou israelenses? O marco divisório foi a Guerra dos Seis Dias, quando o Egito atacou – e foi derrotado de forma fulminante – Israel. Mas as broncas têm origem histórica e se acirraram quando a ação do Egito ameaçou Israel como nação, estado.
No caso dos palestinos, que antigamente eram um povo errante, a bronca foi pela disputa por terras férteis. Nós sabemos como essas hostilidades começaram.
Entretanto, não sabemos como vai terminar, se é que vai terminar. Tecnologia por tecnologia, Israel está há séculos à frente dos demais povos da região.
Os tomates-cereja
Já contei aqui uma conversa que tive com o reitor da Universidade de Jerusalém, o judeu sefaradi (proveniennte da Pensísula Ibérica José Benarroch. Os alunos faziam reuniões de trabalho com técnicos do governo de Israel.
Em uma dessas conversas, um aluno perguntou por que Israel exportava água. Explicou que o tomate-cereja, uma invenção israelense, tem 85% de água.
A partir dessa conversa Israel passou a exportar apenas… sementes desta variedade. É bem verdade que também é possível dessanilizar a água. Mas é um processo demorado e caro.
O primeiro país a usar o sistema foi a Austrália na década de 1960. Veja agora como se lava ônibus.
Os ônibus do seu Fleck
O processo chama-se osmose reversa, uma membrana que retém o sal depois de um processo que leva algum tempo. Descobri que os ônibus da empresa Ouro e Prata da família Fleck usavam esse método para lavar os ônibus (500 litros por carro).
O líquido era retirado dos poços artesianos da região, nas proximidades do aeroporto Salgado Filho. No entanto, toda ela era salobra.
Se fossem usar água do DMAE (Departamento de Água e Esgotos de Porto Alegre) o custo seria altíssimo. Então, a osmose reversa quebrou o galho. O único senão é que, no processo, metade da água é perdida.
A dor ensina a gemer
Um antigo provérbio diz que a necessidade é a mãe da invenção. Em regiões onde os recursos naturais são escassos, o remédio é descobrir um atalho.
Vejam o exemplo do Japão. Devido ao seu pequeno território (14.125 ilhas, quatro principais) foram obrigados a desenvolver tecnologias de ponta em diversos setores. O aproveitamento de espaço nas casas é um assombro.
Por outro lado, quem tem recursos naturais em abundância não inventa nada ou muito pouco. Como um certo país da América do Sul…
Falta de crise
Há outro ponto que somos destaque negativo, e tem a ver com o fato de nunca termos passado realmente por uma crise medonha. Há coisa de 10 anos, almocei com um executivo alemão em uma churrascaria sistema rodízio.
Durante todo o tempo ele ficou assombrado com a quantidade de carne que vai fora. Não conseguia entender este desperdício. Então lembrei da minha infância e da rígida educação germânica. Ai de mim se deixasse comida no prato.
“Quem domina Deus domina as mentes.”
Pensamento do Dias
