O aumento dos impostos e criação da nova CPMF, uma paulada de 0,20% mais o 0,38% que o governo quer dar para os estados e municípios é difícil de aceitar. São 0,38%, vamos combinar que isso é fora de qualquer razoabilidade. Vai ser peleia dura passar no Congresso. É bem provável que tenham botado alguns bodes na sala.
A CPMF, agora com novo nome – por que os governantes acham que mudar siglas melhora a coisa? – pode sofrer remendos, até porque para criá-la de novo precisa fazer emenda constitucional. Para os governadores na pindaíba, soa como o Ode à Alegria, de Ludwig van. Para nós contribuintes, soa como o Réquiem, de Mozart.
Antes eu achava que haveria uma revolta com a proposta. Agora, já estou começando a achar que a sociedade vai aceitar a porrada se ela passar no Congresso, evidentemente. Alguns vão esbravejar aqui e acolá, mas o resto vai ser como ovelha, que só sabe caminhar a mesma trilha e não muda jamais. Pode até que eu queime a língua, mas não sei mais o que pensar deste País maluco e esses insensatos que o deixaram assim.
De cócoras. E pedindo desculpas estar nessa posição.