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A vez do sacristão

Lembrei de uma dos tempos de colégio. Todo santo dia o sacristão chegava no quarto do padre com o café da manhã e o acordava com a mesma frase.

– Bom dia, padre. O dia está lindo, o café está quente e cheiroso com bastante açúcar, como o senhor gosta, o pão tá bem fresquinho, crocante, e a manteiga foi batida agora.

Isso dia após dia, mês após mês, ano após ano. Até que uma manhã o sacristão entrou no quarto e pegou o padre de corno azedo.

– Já sei, já sei. O dia tá lindo, o café está quente e cheiroso, com bastante açúcar como eu gosto, o pão tá fresquinho, crocante, e a manteiga foi batida agora.

Deu azar. O sacristão também não estava na dele.

– Não mesmo, nada disso, padre. O dia tá uma merda, desabou um toró filho da mãe, o café tá frio, fraco e fedorento e com pouco açúcar, o pão é de ontem e a manteiga tá rançosa.

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Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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