Foi a grande novidade nas cidades gaúchas na segunda metade dos anos 1950. Adeus horas de esfregação de roupa em tábuas onduladas na beira do tanque ou em fios d’água disponíveis em curta distância.
Adeus às roupas comuns dependuradas no varal, que pareciam um estranho festival como o chão de estrelas de Orestes Barbosa. Depois veio o sabão em pó que facilitou a vida das empregadas domésticas e donas de casa. No entanto, faltava algo, que foi a máquina de lavar roupa.
Este eletrodoméstico assumiu tamanha importância, porque era caro, e até a década de 1960 o que definia a classe média-alta era a lavadora de roupas. Estranho critério.
Para quem não tem familiaridade com essa geringonça, como eu, parece ser complexo como uma usina nuclear. Lembro com nitidez quando apareceu a primeira lavanderia a seco em Montenegro nos anos 1960, cujo dono, já falecido, foi Heitor Müller, mais tarde presidente da Fiergs.
Antes de ele falecer costumava brincar, dizendo que era o único a “lavar” dinheiro sem despertar desconfiança. Que pena, que perda a morte precoce do meu amigo.
Já na década de 1930, nos Estados Unidos, sobretudo em Chicago, quem lavava dinheiro de verdade foi a máfia. Nos dias que correm, sobrevivem apenas ou as pequenas de bairro ou grandes redes de lavanderias industriais como a francesa 5àSec, que tem mais de 600 delas.
Que acaba de instalar uma operação pioneira 24 horas por dia em Gramado. Público-alvo: hotéis e restaurantes.