O que eu acho da situação? Penso como o guarda-trilho do causo que segue:

Uma ferrovia fez um concurso para guarda-trilhos. No exame oral, o examinador colocou para um dos candidatos uma questão prática: ele está no meio de um deserto e vem um trem de carga carregado com gasolina de alta octanagem de um lado e, no sentido contrário, outra composição cheia de explosivos. Ele faria o quê nesta emergência?

– Bem, desviava o trilho – disse o examinado.

– Quebrou a chave – questionou o examinador.

– Improviso uma alavanca com algum galho, um pedaço de pau.

– É deserto, não tem galho nem madeira – falou o instrutor.

– Aceno com a lanterna?

– Não. Terminou a pilha, e ela não é a querosene.

– Acendia um fogo e queimava minhas roupas.

  – Tu não fuma, esqueceu? Não carregas nem isqueiro nem fósforos.

A essa altura, o candidato a guarda-trilhos achou que era muita bronca nesse raio de emprego. Mas exame é exame.

– Bueno, eu então ia correndo chamar minha mulher.

Foi a vez do examinador ficar surpreso.

 – Chamar tua mulher?

 – Isso mesmo. Eu tirava ela da cama e falaria pra ela: Mulher, quer ver o maior desastre de trem do mundo?

Qualquer semelhança com os tempos que correm não será mera coincidência.