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Ê balancê da semana

Fica mais bonito usar essa música baiana que escrever balanço. Comecemos com o discurso de Luiz Inácio feito na sessão de abertura da ONU, primazia nossa desde os tempos de Oswaldo Aranha.

Pois Sua Majestade falou que a esquerda deveria fazer autocrítica para ver onde ela errou para dar a vitória da “extrema” direita em vários países do mundo. A nossa esquerda tem a mania de grafar “extrema” quando o correto seria apenas “direita”.

Lula não diz que ele é da “extrema” esquerda. Mania bem de acordo com visões estreitas da realidade.

Lula esqueceu

Em primeiro lugar, a esquerda brasileira nunca conseguiu fazer autocrítica porque seus fracassos são sempre creditados aos outros. Mesmo a mundial não consegue realizar esse exercício de humildade.

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Além do mais, às vezes, a vitória da direita se dá porque a esquerda fracassou visto que ela não é competente. Diga qual país socialista do mundo deu certo.

Sim, vocês vão dizer que o Brasil é exceção, mas não somos socialistas, temos um presidente desse ladinho. O nosso regime é o capitalismo.

E a China?

A China deu certo quando abandonou o comunismo puro. Se um ET pedisse uma definição, dá para dizer que é um capitalismo de Estado feito para sustentar uma enormidade de gente comunista.

Mas só da boca para fora, o povo quer dinheiro no bolso. O Vietnã também se enquadra nessa definição, com o detalhe que o país se especializou em massificar produção de supérfluos exportáveis de baixo valor agregado. Mas funciona bem.

O crime desorganizado

É o Legislativo federal, a Câmara dos Deputados. Lembrando que os deputados federais representam o povo brasileiro, e o Senado representa os Estados.

www.brde.com.br

Pois suas excelências criaram – e aprovaram – um diploma legal que impede que eles sejam processados. Se fosse o Senado sepultar o projeto, o crime organizado agradeceria. O crime desorganizado também.

Que país é este?

A frase é de Francelino Pereira, ex-governador de Minas Gerais nos anos 1970 e presidente da Arena, o partido do governo no tempo do regime militar. Criou a frase para mostrar sua perplexidade com algumas ações do governo que ele apoiava.

Passou para a história porque a frase é válida até hoje e desconfio que por todos os séculos. Eu assinaria embaixo. Mas, com o passar dos anos, a pergunta se transformou em uma certeza.

Ai, meus sais!

Frase repetida pelas mulheres da aristocracia francesa no tempo dos Luízes, quando ficavam chocadas com alguma coisa. Os sais aromáticos eram levados aos aristocráticos narizes. A medicina os usava quando precisava reanimar uma pessoa que estava se apagando.

https://www.senar-rs.com.br/ateg/

Às vezes, penso que seria uma boa para mim. Entretanto, desisto em seguida. Muito tempo depois, os sais foram substituídos pela expressão “me tira o tubo!” criada por Jô Soares. Era para seu personagem, um general no tempos dos milicos, que ficou em coma por décadas e acordou nos anos 1990 tamanho seu desgosto com os novos tempos.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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