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Flores nos pratos

Assisto aos programas de culinária nas redes da TV paga e vejo com grande preocupação como os Chefs insistem em colocar flores ditas comestíveis nas comidas. Ora, quem gosta de flor é abelha. E não tenho intenção de fazer cera e mel.

É mais uma dessas extravagâncias criadas para aumentar o preço e lançar moda entre mulheres que querem parecer sofisticadas. Como dizia um velho amigo meu: boia de orfanato, preço de boate.

O sanduíche de pão

Essa moda foi lançada em Porto Alegre, nos anos 1990, e buscou reduzir custos do tradicional sanduíche aberto. Este, sim, era uma bela criação que era encontrada nos antigos bar-chopes, especialmente quando o dono era de origem ou alemão puro.

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Consistia em uma fatia de pão preto, lombinho e/ou salamito/presunto uma rodela de tomate, uma de pepino e deu. Por cima, molho de carne e mostarda feita na casa.

O fim de tudo

Aí entraram os brancos no samba. Como estes ingredientes representavam o custo maior do produto final, passaram a tirá-los e, em seu lugar, colocaram cenoura em conserva, que têm tanto a ver com sanduba quanto uma lata de sardinha com um mil-folhas.

www.brde.com.br

Abaixo dela, uma finíssima fatia de apresuntado e mostarda industrial. Também foi nesta época que comecei a achar que o Rio Grande do Sul não tinha salvação.

Qual o restaurante mais caro do mundo?

O que oferece café colonial. Ou seja, você come uma ou duas fatias de pão com geleia, um pedaço de bolo, uma fina camada de queijo frio e outra de presunto e paga duzentos reais ou mais.

Yes, somos bananas

O lançamento do Nano Banana, recurso do Google Gemini para edição de imagens, e a provocação sobre uma possível “bolha de IA” parecem assuntos distintos. Mas revelam o mesmo dilema: estamos diante de um mercado com expectativas infladas ou de uma revolução digital drástica como a invenção da internet?

https://www.senar-rs.com.br/ateg/

Uma coisa eu digo. Não demora e vai ser praticamente impossível distinguir uma imagem real de uma fabricada pela IA. Será a democratização da banana e o paraíso das Bananas Republics.

Lei das Palmas

Não existe oficialmente, é um diploma legal não escrito, mas fielmente obedecido. No seu artigo 1º, reza que “Todos os subalternos que ouvem o chefe falar em público precisam ser os que mais batem palmas na intensidade e duração”. Não garante promoção. Entretanto, já é um bom início e diminui temporariamente as chances de ser despedido.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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