Engraçado como todos usam a palavra “povo” como se isso absolvesse as trapalhadas e má gestão dos respectivos governantes. Vejamos um dos tantos programas do governo, o Gás do Povo. Pois eu também sou povo e não consigo entrar nessa.
Caixinha, obrigado
Ao aprovar verbas para o governo federal, o Congresso liberou para estes e outras benesses 252 bilhões de reais para 2026, e, detalhe, em ano eleitoral. Todo esse dinheirão vem daquele “povo”, que não tem como protestar contra essa gandaia.
Olha, eu voto desde 1961. E nunca vi um Congresso tão medíocre como este.
A culpa é sempre dos outros
Você puxa conversa com motorista de aplicativo, taxista, o cara da quitanda, o açougueiro, o atendente de lancheria, todas as pessoas da camada de baixo. E, ao comentar as causas dos nossos problemas, é quase certo que dirá “a culpa é desse nosso povo”. O detalhe que eles e nós também somos “povo”.
A filosofia da preguiça
Verdade que boa parte é parte não desprezível, está acomodado, mas não dá para generalizar. Sim, largas camadas não têm tenência, não querem se qualificar mesmo sendo de graça e não querem fazer carreira da empresa que os empregados
Como me falou um legítimo representante dessa classe, digamos assim, dando para o tênis novo, cerveja e entrada para um baile funk, estou satisfeito. Amanhã será outro dia, filosofou.
E aquilo, mais meio quilo de farofa
Recebi um artigo cuja chamada é “Porque 30%das empresas em recuperação judicial acabam falindo?”. A explicação é na falta de gestão, altos custos financeiros e por aí vai.
Engraçado que ninguém ou quase ninguém fala mais no custo-Brasil, com uma carga monstruosa de impostos, sem a devida retribuição, a burocracia que asfixia a todos e por aí vai. Ilustro com um exemplo.
O custo que asfixia
Um grande empresário gaúcho com fábricas em muitos países, incluindo os EUA, conta que aqui ele tem 200 funcionários para cuidar da área fiscal e burocracia a ela colada. Enquanto isso, nos Estados Unidos, tem 12. Acho que isso explica.
Primorosa definição
Do articulista Dennys Xavier, de O Antagonista, sobre a lei aprovada que proíbe processos contra os deputados: “Aprovação da PEC da Blindagem é o triunfo de uma nova oligarquia cleptocrática, revestida de legalidade.
Clepto sabemos o que é. O povão diz “lalaus”.
Não deixem as crianças ver
O chanceler Otto von Bismarck, o autor da reunificação da Alemanha no século XIX, expeliu uma frase memorável que cabe como uma luva no Brasil: não convém ao povo saber como se fazem leis e salsichas.
Passarinho que dorme com morcego acorda de cabeça para baixo.
Pensamento do Dias
