Para grandes emoções. O prato principal é o julgamento de Jair Bolsonaro, mas quem briga por uma vaga é a votação da anistia no Congresso.

Por mais que os presidentes das duas casas driblem a pauta se retorcendo mais que cobra enfiada em saco, há um clima de vendeta nas duas casas. Condição essa que só vai piorar com a condenação do ex-presidente, que tem uma bancada forte na Câmara dos Deputados. Mesmo que não tivesse, o Legislativo tem andado às turras com o Executivo e com o STF.
A chaleira chia
É certo que a pena de Bolsonaro não será branda. E resta saber onde e como vai cumprir a pena. Pessoas próximas a ele contam que as manifestações pró-anistia feitas nas capitais no 7 de Setembro injetaram novo ânimo nele.

Tudo se esvaziará na hora em que JB entrar na cela. Outra possibilidade é a resposta de Donald Trump vir em forma de novo tarifaço, mais cruel que os 50%.
A borrasca mais adiante
O horizonte lulista tem nuvens de tempestade se formando, e a pior delas é a economia patinando, como já se nota em muitos indicadores. O governo diz que a culpa é dos juros altos, mas posso dizer, com base na minha experiência, que isso é parte do drama.

A verdade é que a renda do brasileiro vem sendo emagrecida ao longo dos últimos anos. Mesmo se o juro cair e cair bem, levará algum tempo até fazer efeito na economia. Ainda mais na indústria.
Enquanto seu lobo não vem
O governo vai distribuir mais benesses, mais vales-gás, mais auxílio-alimentação, vale refeição e por aí afora. Ou seja, tudo que é ruim para o déficit fiscal. Um dia a casa cai, como caiu com Dilma Rousseff.
Mancadas primárias
Os americanos sempre se acharam os reis da cocada branca, e tinham razão. Essa grandeza os levou a cometer erros primários, caso do tarifaço de Donald Trump.

Todos os países pobres gostam de um amigo fortão, e se ele não está disponível, um outro fortão abraça. Caso do Brasil e China. Xi Jinping deve estar dando risada.
Em outros tempos…
…os presidentes americanos não desprezavam a diplomacia como primeira opção. Caso do “Big Stick” do presidente Theodore Roosevelt no início do século XX, e caracterizada pela negociação diplomática combinada com a ameaça do uso da força militar. Se o lero falhasse, valia a ignorância: fale macio, mas tenha sempre um bom porrete à mão.
Palestra
A próxima palestra do Grupo de Estudos de Direito de Família do IARGS acontece amanhã, dia 9/09, na sede do Instituto. O convidado será o advogado Heron Charneski, que falará sobre o tema “Planejamento Sucessório nas operações imobiliárias: impactos da reforma tributária”.
Se a bala vier por cima se abaixemo, se vier por baixo se levantemo, se vier pelo meio já se borremo.
Pensamento do Dias