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Se foi meu amigo Zelinho…

Zélio Hocsman nos deixou no sábado, aos 87 anos. Esta imagem tem quatro ou cinco anos, e reuniu o comunicador Felipe Vieira, Zelinho e eu em um café. 

Olha que eu conheci gente que era unanimidade, mas igual a ele nunca vivi. Todos gostavam dele, todos mesmo. 

Convivi com este amigo nos cafezinhos dos sábados no Z Café da Padre Chagas, durante pelo menos 15 anos e lá vai pedrada. Quando ele chegava na roda, que reúne boa parte do PIB gaúcho – o único pobre sou eu -, logo vinha me desafiando a contar uma piada nova. Um tipo inesquecível.

As semanas decisivas

Toda semana entrante, a mídia diz que é uma semana decisiva, como se as outras não fossem e como se, nos sábados e domingos, as notícias tirassem férias. Mas enfim, desde que comecei no jornalismo, há 56 anos, vivo semanas decisivas.

Segundo a Bíblia, Deus criou o domingo para os homens descansarem. Vá dizer isso para uma dona de casa que cozinha para toda a família. No caso desta, podemos dizer que será mais uma semana sucedendo outras anteriores em que nem foi decisiva nem foram boas. Os pepinos na horta Brasil são enormes.

Como derrotar os americanos

O tarifaço de mister Trump caiu do céu para o presidente Luiz Inácio. A economia vinha mal e piorando. Ou seja, o tarifaço só aumentou as nuvens de tempestade.

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É como se um gurizinho de meio metro de altura procurasse vencer uma briga com um sujeito de 1 metro e 90. Mas temos um inimigo, aleluia, devem ter dito os palacianos. Finalmente, temos alguém para culpar pela nossa incompetência.

Já vi esse filme há muito tempo. Desviar a atenção no Brasil é esporte olímpico. E culpar o vizinho fortão pelas nossas mazelas só cola porque a sociedade é fraca. Na maior parte.

Eis que surge um salvador da Pátria

Nações latinas fracas e outras do Oriente Médio que já foram grandes gostam de ser tuteladas. O Pai dos Pobres, dizia-se de Getulio Vargas, mesmo depois que ele criou a ditadura do Estado Novo. 

Além de pobres, somos cegos desde sempre. GG é incensado porque criou a Companhia Siderúrgica Nacional, beijava criancinhas como ninguém. E o getulismo acoplado ao trabalhismo prosperou até os anos 1980, para entrar em declínio teimoso tão logo essa bandeira foi levantada pelo PT – que também já cansou nossa beleza. Se alguém me explicar o que vem a ser “trabalhismo” de forma coerente ganha minha admiração.

www.brde.com.br

O único ideólogo do trabalhismo foi Alberto Pasqualini, que nunca reuniu suas teses em um livro. Hoje é nome de refinaria da Petrobras.

Depois veio o brizolismo, cuja radiação de fundo ainda se ouve com rádio telescópios de grande alcance. Saco vazio não fica de pé.

Enquanto seu lobo não vem…

Enquanto seu Luiz Inácio acha que é grandalhão, seu vice, Geraldo Alckmin, movimenta-se e marca reuniões com o segundo escalão de Donald Trump. Chances poucas, ma qui lo sai como dizem os italianos, a esperança é a última que morre.

E pelo menos uma pesquisa indica que ele já ultrapassou o governador Tarcísio de Freitas para as eleições de 2026. Aliás, Tarcísio é um vaso interessante. Bom administrador ele é. Entretanto, se quer mesmo ter chances deveria se fardar desde agora.

Toda Cinderela espera seu príncipe. Mas este não é um conto de fadas. Nem beijando sapo vira príncipe.

Queremos um nome para um mano a mano com Luiz Inácio, mas inventar um não leva a nada. Este é o grande problema da centro-direita. Temos escassez de líderes.  

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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