Político não ter muita intimidade com a última flor do Lácio não é exatamente novidade. Por isso é que o folclore que os cerca é maior até que o seu desempenho no mandato. E nem sempre um político analfabeto funcional é mau administrador, e vice-versa.
Na Metade Sul do Rio Grande do Sul, contava o jornalista Adão Oliveira, ficou famoso, nos anos 1970, um prefeito que, para começar, botava “S” com muita economia. Além disso, pronunciava nomes de autoridades de forma muito pessoal.
O presidente Emílio Garrastazu Médici, por exemplo, virou Garrastazul Médice. Também sempre se referia “às culminâncias do Congresso Nacional”. Outra:
– Não tive padrinho político. Portanto, não terei afilhado políticos!
Certa vez, num comício, o distinto subiu no palanque, pegou o microfone e começou relatando um encontro com o governador.
– Onte…
Postada na primeira fila, sua mulher agitou freneticamente o dedo. Marido dedicado e obediente à perpétua, ele pegou o recado e corrigiu a fala antes de engatar a segunda.
– Ontonte…
A oposição achou que era caso de impitchiman.