Não é à toa que vivemos uma espécie de reedição do episódio bíblico da Torre de Babel, onde todos falavam línguas diferentes e ninguém se entendia. São 6.909 línguas faladas ao redor do mundo, segundo o compêndio Ethnologue, que cataloga os idiomas do nosso planeta desde 1950.
Mas a maioria desses idiomas a gente quase não ouve: 6.520 línguas (cerca de 94% do total) estão na boca de apenas 6% dos habitantes do planeta. Enquanto o restante da população mundial usa apenas 389 idiomas.
Há pelo menos 172 línguas com pelo menos três milhões de falantes – do chinês ao tachelhit, do Marrocos, e o quimbundo, de Angola. Já entre as línguas “nanicas” estão idiomas que lutam para sobreviver.
Existem quase 500 idiomas que correm o risco de ser extintos. Na China, o chinês predomina. Mas há uma língua, o ayizi, com apenas 50 falantes, em um país com mais de 1 bilhão de pessoas.
Com a explosão demográfica justo em segmentos mais pobres, chegará o tempo em que a música que fala em “Eu quero uma casinha no mato” será pura ficção.
Molecagens perigosas
É, são tempos loucos. Mas dentro da loucura geral são previveis. Não bastasse a neve na Argentina em pleno dezembro, Nicolas Maduro, o reizinho da Venezuela faz uma manobra para anexar a Guiana rica em petróleo. Ele já tem de sobra, a maior reserva mundial, com 200 bilhões de barris (medida teórica, 153 litros), a Guiana tem 11 bilhões. Então qual é a do Maduro?
É a mesma de governantes brasileiros de quase todos os tempos, criar factoides para melhorar sua popularidade ora em queda, ao que se sabe. E seu Lula critica a invasão, que não acredito que vá acontecer. Mas evita citar seu amigão Maduro. Isso sim que é um estadista murista.
Um dia daqueles
Sozinho em casa no domingo, fui almoçar em restaurante do meu bairro, um dos poucos comestíveis. Fechado. Procurei outro e comi a massa mais horrorosa da minha vida, com “filé” de garrão do boi.
De sobremesa, pedi um sorvete. Não tinha o sabor que queria. Fui na minha cafeteira predileta. Fechada. Azar? Não. É Porto Alegre.