A falência do Teresópolis Tênis Clube de Porto Alegre, que deve R$ 18 milhões, não chega a ser novidade. Tirando dois ou três mais tradicionais, o resto foi para o espaço. Não é segredo.
Até os anos 1970, clube social atraía sócios basicamente por dois motivos, bailes e piscina. Os bailes de rosto colado terminaram, o som é mecânico. E a piscina deixou de ser luxo. Condomínios têm, mesmo prédios classe C também. Embora muitos não possam ser chamados de piscina. No máximo, uma sanguinha daquelas que cortam fazendas na Fronteira Oeste.
Eles e nós
O número de empresas que pediram recuperação judicial em 2023 aumentou 70% em relação a 2022. Nos EUA, a PepsiCo triplicou o lucro em 2023. Mas o mercado das bolsas americanas esperava mais. A Bolsa de Tóquio tem a maior alta em 34 anos.
No Brasil, o setor de serviços decepciona. A inflação de janeiro foi de 0,43%, o que é muito ruim. A atividade industrial se retrai de novo. E o IBGE alardeia otimismo.
A brevidade da morte
É sabido que o brasileiro comum tem certa dificuldade em entender como as coisas funcionam. Veja-se o caso da Previdência. Sem entrar no mérito, você paga na ativa não para a sua aposentadoria, mas sim para pagar os aposentados de hoje. Amanhã, os trabalhadores pagarão a sua aposentadoria. Isso é assim em todo mundo.
Como vivemos cada vez mais tempo, chegará o dia (logo ali…) em que todos os sistemas previdenciários não terão mais como pagar. Aliás, já sofrem hoje, e em todo mundo.
Quer dizer que, para ter uma aposentadoria tranquila e em dia, temos que morrer mais cedo. Pior que tem uma montanha de jovens NEM-NEM, nem estudam, nem trabalham, portanto não contribuem para a previdência.
A pior pobreza
Mais de 70% dos alunos brasileiros entre 15 e 16 anos não alcançam sequer o nível básico em Matemática. São incapazes de resolver problemas simples envolvendo números. Os dados são do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês). Por isso é difícil convencer o povo de que os governos não podem gastar mais do que arrecadam.
Ainda fazemos falta
Na aviação, nem sempre tudo ocorre como planejado. O setor trabalha cada vez mais para desenvolver tecnologias que automatizam controles ou façam procedimentos padrão de forma simplificada. No entanto, a função de um controlador de tráfego aéreo pode nunca ser substituída por nenhum tipo de tecnologia ou IA, já que é essa profissão que lida com as adversidades dos voos.
É o que defende Amy Pritchett, uma engenheira aeroespacial líder de um estudo encomendado pelo Congresso norte-americano sobre os controladores de tráfego aéreo, ao The Conversation. Por mais que a IA já facilite o trabalho, ela pode nunca dar conta da completude do cargo (do site Olhar Digital).