Até os pneus carecas sabem que o transporte coletivo de passageiros precisa ser subsidiado em um país como o Brasil. Temos um contingente de mais de 60% vivendo com 200 dólares por mês.
Também é preciso deixar claro que apenas em torno de 30% efetivamente pagam a passagem em Porto Alegre. O restante se divide entre Vale Transporte, pago pela empresa do assalariado, e a gratuidade (idosos, gestantes, obesos etc).

Neste caso, quem marcha é a empresa ou o distinto senhor de salário mínimo, que paga pelo vizinho de banco viajante de graça. Mas eis que surge uma luz: o transporte gratuito.
São Caetano do Sul tornou-se o mais populoso de São Paulo a conceder o passe livre nas linhas municipais. O Tarifa Zero será custeado pela arrecadação do município com multas de trânsito, publicidade etc. São Paulo capital quer ir no mesmo caminho.

O Orçamento da cidade para o ano que vem já reservou R$ 5,1 bilhões para este fim, segundo o prefeito paulistano Ricardo Nunes. Ele pretende testar a iniciativa nos ônibus municipais inicialmente aos domingos ou durante a semana, mas no período noturno.
Cedo ou tarde o benefício deverá atingir a quase totalidade das cidades brasileiras. Para os usuários, a vantagem vai além do dinheiro ou da rotina burocrática. Embarcou, passou o cartão na roleta (que ficarão para quantificar o fluxo de passageiros) e está feito o carreto.
Para as empresas será bom também, desde que o poder público pague o custo e reserve para ônibus novos, salários etc. O custo da máquina administrativa em disponibilizar troco, burocracia do vale-transporte etc terá diminuição radical.
A questão é: tirando as prefeituras ricas e com reserva de caixa, o grosso das prefeituras não tem nem terá condições para bancar a tarifa zero. É aí que entra ou deveria entrar a União. O que significa que não vai rolar.
Nas plantas, a chuva
Quem observa atentamente as folhagens em vasos vai notar que, mesmo com as altas temperaturas dos últimos dias, a sede das plantas não é na mesma proporção – parte da explicação é a alta umidade relativa do ar, 84%. Vegetais são ótimos meteorologistas. Vem água.
Fala-se em umidade do ar “relativa” ´porque não existe essa de ser 100% como a meteorologia costuma divulgar em dias úmidos. Fosse esse o percentual morreríamos afogados.
O máximo é em torno de 22%. Então é 84% de 22%.