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Seu Jacinto, aperta o cinto

O meu ídolo Noel Rosa compôs, em 1932, a marchinha Seu Jacinto. Naqueles anos de Estado Novo do doutor Getulio Vargas, também a economia débil prejudicava a população, a “carestia”. “Apertar o cinto”, elo visto, acompanha a história brasileira há um século ou mais. Cinto e seu último furo poderiam ser símbolos pátrios extra-oficiais. Fala, seu Jacinto:

O que eu sinto e não consinto

É seu cinto se afrouxar

Seu Jacinto aperta o cinto

Bota as calças no lugar

 

O seu Jacinto tinha que comprar feijão

Mas não tinha um só tostão

E o caixeiro estava duro

Ele não gosta de pagar feijão à vista

Porque sendo futurista

Paga sempre pro futuro

 

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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