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Quantos dias se precisa para visitar Islândia?

A pergunta me tem sido feita… a meu ver, é preciso ter pelo menos uns 10 dias. Aí se pode explorar um pouco da imensa diversidade natural da Islândia. Mas temos sempre o fator tempo. Eu precisei de mais. Não sei viajar rápido (defeito ou qualidade, também não sei). De Reykjavik partem tours de um dia pelas atrações do chamado Círculo Dourado, gêiseres, Gullfoss e Pingvellir, aventuras de quadriciclo por fotogênicos campos de lava, caminhadas em glaciares e minicruzeiros para avistar baleias e umas aves chamadas puffins (os papagaios do mar).
No verão, há dois rios para rafting com dificuldades variadas, e trekking de até cinco dias – pela mesma rota da ultramaratona de julho, ou seja, no forte do verão, pois ninguém é maluco de se meter lá no inverno. Se bem que, falando a verdade, a ilha é abaixo do Círculo Polar, e bem mais quente do que se fala; bem melhor que o norte da Europa, por exemplo.
Uma jornada clássica que costuma encantar os viajantes é feita pela Ring Road, a Rodovia, que forma uma rota circular por todo o litoral do país. Foi o que fizemos. Hoje está quase toda asfaltada.
Além de carros comuns, é possível alugar 4×4 (para visitar a carcaça de um avião caído em 1968, por exemplo), superjipes com pneus gigantes e veículos que se convertem em dormitórios como os Kuku Campers. E aqui estão algumas sugestões de paradas; num raio de 150 km da capital.
Blue Lagoon:
Depois de acionarem as turbinas de uma usina de energia geotermal, as águas quentes subterrâneas dessa região próxima ao aeroporto formaram uma linda lagoa azul que desde 1976 foi desenvolvida e suas piscinas naturais passaram a serem usadas para relaxamentos e fins medicinais além da paquera é claro. Um programa imperdível.
Reykjanes:
Os campos de lava petrificada dessa península vizinha à Blue Lagoon deram origem à um circuito que remete ao solo lunar e costuma ser percorrido em passeios de quadriciclo, ou ônibus com pneus de 2 m de altura. A rota tem um belo farol, cavernas de lava e restos de um navio naufragado, que aliás, é o que não falta por lá.
Gêiseres:
Desses buracos no solo vulcânico jorram jatos de água quente com cheiro de enxofre. O Geysir original, que emprestou seu nome ao mundo para definir este tipo de atração. Anda adormecido, mas até quando? Seu vizinho Strokur dispara jatos de 35 metros de altura em intervalos regulares, a cada oito minutos.
Gullfoss:
É a Foz do Iguaçu do Islandeses. Um conjunto monumental de cascatas que chega a ter 30 metros de altura e fica especialmente belo quando a mata do entorno recebe os respingos de água das cataratas e fica coberta por estalactites de gelo que parecem cristais iluminados pela luz solar, que lá é sempre uns 45 graus.
Pingvellir:
O Parque Nacional que virou Patrimônio da Humanidade segundo a Unesco, protege a gigantesca falha tectônica que divide a ilha: de um lado está a placa americana, do outro, a da Eurásia. Na fenda que divide os dois belos paredões e que um dia se separará, funcionou no ano de 930 como ponto de reunião que foi considerado o primeiro parlamento do mundo.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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