A jornalista Lívia Araújo é uma das vencedoras do Prêmio ABF Destaque Franchising José Lamônica de Jornalismo de 2024, promovido pela Associação Brasileira de Franchising. O trabalho destacado é a reportagem “Ensino de idiomas busca se reinventar no pós-pandemia”, veiculada no caderno Empresas & Negócios do JC, em novembro de 2023. A premiação acontecerá no mês de maio, em São Paulo.

Os inservíveis
A Câmara de Vereadores de Porto Alegre discute o projeto de lei que institui a Política Municipal de Combate ao Etarismo (discriminação contra uma pessoa em função da sua idade). A proposição é da vereadora Lourdes Sprenger (MDB).
Eis uma das maiores chagas do país. Velho é traste, e é tratado como tal.

Uma prova diária é o desrespeito de jovens com os lugares reservados para idosos nos ônibus e até mesmo nos estacionamentos reservados para eles nos shoppings. Nos ônibus, então, é um despautério. O pior é quem finge que está dormindo. Uma evidente confissão de mau-caratismo.
Como entrar sem sair
Na época, foi criado o programa de microdestilarias de álcool. E um dos primeiros a entrar no estado foi um pequeno empresário mais conhecido por seus amores pela noite que pelo empreendedorismo.
Era assíduo frequentador do bar do City Hotel. Certa noite, um dos assíduos entrou gritando que ele tinha aderido ao Proálcool. Outro assíduo da mesa se espantou.

– Ué! Mas alguma vez ele saiu?
Passos errados
O abandono da meta fiscal de 2024 adiado para 2025 pegou mal aqui dentro e lá fora. Não que se acreditasse muito no déficit zero, contando com aumento da receita quando a economia estava com 38 graus de febre, mas abandonar precocemente um compromisso significa que o governo jogou a toalha.
Explicações de governistas como a ministra Simone Tebet que tudo vai bem nessa área e que está tudo nos conformes não convencem nem a velhinha de Taubaté. Explicação se dá para delegado de Polícia e porteiro de boate.
A formação da tempestade
Para piorar o quadro, teremos cenários nada bons. Inflação persistente e deve piorar com dólar alto, idem com o petróleo, cabeças oficiais se chocam seja por discordâncias ou para conseguir uma boca nas estatais – até Fernando Haddad se queixou. E ainda tem aquela coisa da coleira, que não foi bom para a autoestima de Lula.