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Pequenas-grandes alegrias

Ontem saí pela primeira vez depois da hospitalização para dar uma caminhada com direito a um sol, apesar do calor, para ajudar a vitamina D. Estou melhorando rapidamente. 

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A reação do porteiro do meu prédio foi daquelas coisas que não se esquece.  O Jonathan ficou contente quando me viu em forma. Uma reação sincera e comovente.

25 anos

Chega de moleza, 25 anos de pena para quem comete o mesmo tipo de crime pela terceira vez. Tramita na Câmara dos Deputados projeto que prevê maior rigor na legislação penal. Mas há um porém, como sempre.

A bancada do PT não está colaborando na aceleração das mudanças.  O problema é que precisaríamos de mais presídios e não parece que o governo tenha vontade política neste sentido.

https://cnabrasil.org.br/senar

O ministro da Justiça, Flávio Dino, prometeu combater o crime organizado. E me parece que mudança na legislação penal faria parte.

A terceira vez

É nos detalhes que o diabo mora. Porque só terceira vez? 

O fato é que vivemos em um país em que a família da vítima de um crime é penalizada duas vezes. Uma pela perda e outra pela frouxidão da pena. 

Tem sido a regra brasileira durante boa parte da sua história, essa moleza carcerária. Para começar, misturar ladrão de galinha com integrantes de facções nas celas ou alas é uma das maiores aberrações carcerárias do planeta. Pois acaba por transformar preso primário em soldado do crime organizado. Mais uma vez é preciso dizer que aqui falta fazer tudo.

www.brde.com.br

Recall geral

O Brasil é como um carro cuja montadora faz recall por defeito de fabricação, geralmente uma peça importante de segurança. No caso do automóvel Brasil, o recall teria que ser de todo o veículo.

Quase tudo nasceu errado e com sérios problemas de trafegabilidade e segurança. Vamos aos trancos e barrancos rumo à ineficiência. Enquanto isso, a carga tributária…

Vendo fiado

O velhíssimo fiado ainda é praticado Brasil afora, inclusive em empresas. De um universo de quatro mil empresas, 409 dizem que ainda praticam a operação, apesar do pix e outros meios de pagamento eletrônico.

E para vender “no caderninho” precisa ter confiança mútua. Vou dizer uma coisa: não precisa fazer pesquisa, boa parte dos mercadinhos de bairro vendem fiado para clientes fiéis.

Tem mais: os mercadinhos de bairro dificilmente fecham e são melhores que muitos supermercados.

Fotos: Fernando Albrecht

Contradições linguísticas

O português tem lá suas contradições intrigantes. Pois sim significa não, e pois não significa sim, vê se pode. 

Outra expressão intrigante é “prender o grito”, como em “qualquer coisa que precisares prende o grito”. Mas deveria ser o contrário!

Tem é que LARGAR O GRITO e não prendê-lo, ora bolas. Se houver uma invasão alienígena os ETs vai sofrer um bocado para entender nossa língua.

Sujeira extra

Já é quase missão impossível fazer com que parte da população jogue corretamente o lixo nos containeres. Nas ruas de Porto Alegre, ainda temos que conviver com outra mazela.

Olhe a calçada em volta dele, suja e, não raro, fedorenta. Uma sujeira que já incluiu maIs lajes. 

Maior culpa é dos sem-teto e catadores, que reviram o fundo em busca de algo para reciclar – está escrito com toda as letras que o container e só para o lixo orgânico – e depois deixam a sujeira. Em cidade grande, não dá para ser feliz.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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