A toda hora, ouvimos gente criminosa dizendo que não quis matar a vítima ou que não pensou em tirar a vida de alguém, que tudo deu errado. E há defensores deles dizendo que a culpa é do sistema. Também há vozes ilustres justificando até o terrorismo, que ele está aí porque alguma potência ocidental fez alguma trapalhada e deu no que deu.
O tabloide alternativo e humorístico O Pasquim entrevistou aí por 1970 o famoso malandro carioca Madame Satã, malandro do tempo da navalha ligeira e afiada. Ele ficou famoso na Lapa por ter duelado e matado um adversário com um tiro, então a pergunta inicial foi nessa direção.
– Como foi que você matou o cara?
E Madame Satã:
– Um momento, um momento! Eu não matei, eu só fiz o furo. Quem matou foi Deus!