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Observações de um ano que se vai

Em décadas passadas era difícil ver uma adolescente com sobrepeso ou obesa. Hoje é difícil ver uma adolescente magra.

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Os empresários do transporte coletivo de Porto Alegre, incluindo a Carris, deveriam viajar nos ônibus para ver como dirige boa parte dos motoristas. Se forem bons, vão ficar escandalizados. Se não virem nada de mais, também não sabem dirigir e gostam de perder dinheiro.

Só o que se vê na web são cantoras gravando clipes com caras e bocas e gestual imitando uma transa em posição ginecológica. Quem sabe faz, quem não sabe ensina.

Também foi um ano de parcas informações internacionais nos poderosos rotativos, os jornalões, e nas redes de TV. Parte porque as redações estão mais magras que modelo com bulimia e também pelo despreparo dos jovens mais a economia de custos.

https://cnabrasil.org.br/senar

Não vi nada sobre a erupção de um poderoso vulcão na Islândia, conhecida como Terra do Gelo e do Fogo et pour cause. Nas últimas semanas, a guerra da Ucrânia foi abandonada. Só se falou e escreveu sobre a Faixa de Gaza.

Mudança de governo

No Brasil, assistimos uma silenciosa mudança no regime de governo que poucos notaram. Não é mais presidencialismo.

Agora, o STF faz o trabalho do presidente da República, e a corte também terminou com a independência entre poderes. Recentemente, deu para perdoar empresa multada em mais de R$ 10 bilhões, empresa em cujos quadros há uma advogada que é mulher de um ministro.

Provavelmente, faz parte do tão sonhado perdão que anima as almas de boa vontade. É versão tupiniquim do Yom Kipur, Dia do Perdão do calendário judaico.

Também pode ser obediência ao Padre Nosso católico, que, lá pelas tantas, diz “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Zero a zero, bola ao centro. Então é perdão ecumênico.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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