Em décadas passadas era difícil ver uma adolescente com sobrepeso ou obesa. Hoje é difícil ver uma adolescente magra.
Os empresários do transporte coletivo de Porto Alegre, incluindo a Carris, deveriam viajar nos ônibus para ver como dirige boa parte dos motoristas. Se forem bons, vão ficar escandalizados. Se não virem nada de mais, também não sabem dirigir e gostam de perder dinheiro.
Só o que se vê na web são cantoras gravando clipes com caras e bocas e gestual imitando uma transa em posição ginecológica. Quem sabe faz, quem não sabe ensina.
Também foi um ano de parcas informações internacionais nos poderosos rotativos, os jornalões, e nas redes de TV. Parte porque as redações estão mais magras que modelo com bulimia e também pelo despreparo dos jovens mais a economia de custos.
Não vi nada sobre a erupção de um poderoso vulcão na Islândia, conhecida como Terra do Gelo e do Fogo et pour cause. Nas últimas semanas, a guerra da Ucrânia foi abandonada. Só se falou e escreveu sobre a Faixa de Gaza.
Mudança de governo
No Brasil, assistimos uma silenciosa mudança no regime de governo que poucos notaram. Não é mais presidencialismo.
Agora, o STF faz o trabalho do presidente da República, e a corte também terminou com a independência entre poderes. Recentemente, deu para perdoar empresa multada em mais de R$ 10 bilhões, empresa em cujos quadros há uma advogada que é mulher de um ministro.
Provavelmente, faz parte do tão sonhado perdão que anima as almas de boa vontade. É versão tupiniquim do Yom Kipur, Dia do Perdão do calendário judaico.
Também pode ser obediência ao Padre Nosso católico, que, lá pelas tantas, diz “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Zero a zero, bola ao centro. Então é perdão ecumênico.