Certa noite, fui à Caverna do Ratão, hoje fechado, para fazer um rancho de bolinhos de carne e croquetes. Quando cheguei perto da casa, na avenida Protásio Alves esquina Eça de Queiroz, vi uma aglomeração bem grandinha no corredor de ônibus.
Um coletivo estava parado, pisca-alerta ligado, aglomeração de gente, viatura da Brigada, EPTC, SAMU com suas luzes escandalosas colorindo a noite de vermelho. Ao chegar perto do Ratão, dei de cara com um sujeito encostado na parede.
– O que houve? – perguntei.
Ele desencostou o pé da parede e apontou para o corredor com a ponta do queixo.
– Um bêbado tentou se matar. Atirou-se na frente de um ônibus.
– Puxa vida! Conseguiu, ou se feriu?
– Nem um pouco. O ônibus estava parado.