Uma ex-aeromoça da Varig, Angel Nunes, fez um poema sobre a triste situação dos sobreviventes do Aerus – eram 8,8 mil mas 1,2 mil já morreram. Aborda o drama de um ângulo diferente. Mesmo que um dia paguem, o mal já estará feito porque:
Nunca trará de volta os sonhos que perdi.
Os anos que envelheci.
As lágrimas que chorei.
As noites que não dormi.
A casa que não comprei.
O conforto que não usufrui.
A paz que me deixou.
A preocupação, a ansiedade, a depressão, por medo do mês seguinte.
As doenças somáticas que adquiri.
A suspensão de todo e qualquer lazer.
E tudo que não pude dar aos meus filhos.