José Claudio Machado foi um compositor nativista que ganhou uma estátua em Guaíba, cidade vizinha de Porto Alegre. A fúria das águas foi tanta que tiveram que acorrentá-la para não ser levada.

Eu, hein?
Fui procurado por uma empresa paulista de pesquisas que faz estudo sobre redes sociais. Eu poderia falar ou escrever horas sobre o tema. Entretanto, optei por um resumo.
Para começar, utilizo de novo a comparação com a descida de um milhão de flamingos em lagoa da África. O predador maior, a águia africana, vê aquela enorme quantidade de pontos com asas, mergulha e, não raro, não pega um.
Com as redes sociais, mais a enormidade de sites de notícias, é o mesmo. A quantidade cega.

Congestionamentos
É tanta coisa para ler e ver que não há como ver tudo salvo se o dia tivesse 48 horas. Os vídeos são um capítulo à parte.
No meu caso, como jornalista não abro nenhum. Pois, do contrário, não sobraria tempo para escrever o blog e a Página 3 do Jornal do Comércio.
Então, vem um detalhe que pode aborrecer quem os envia. Para ver tudo que sai nas redes sociais é preciso não trabalhar e ter todo o tempo do mundo.

Certo, nestes 54 anos de jornalismo já desenvolvi alguns macetes para saber do que se trata sem ir fundo, que me pode interessar ou não.
Os dois terços
Em artigos, é bom ver o assunto. Já para saber o que o autor quer transmitir deve-se ir nos dois terços do texto. Lá ele sai dos entretanto e vai para os finalmentes.
Não vale para histórias, evidentemente. Mesmo assim, só vou ler se o assunto expresso no início interessa.
Faça a conta: no e-mail do jornal são em torno de 100/200 artigos de opinião POR DIA, fora a informação propriamente dita, que preciso tirar da mesma forma antes de escrever notas. É o custo de ser colunista.
Vale o mesmo ou até mais no meu Gmail. Vão achar que é impossível, mas acredite.
Eu também fico assombrado com a quantidade de lixo que gari tem que levar correndo para o caminhão basculante sem desmaiar de cansado em duas horas. Cada profissão requer prática e habilidade
Os crédulos brasileiros
Metade dos brasileiros acredita em fake nas redes sociais, conforme informação de ontem. Até me admiro que o percentual não seja maior.
É uma coisa medonha, até jornais caem na esparrela da friagem. Que antigamente se resumia no primeiro de abril, o Dia da Mentira. Ocorre quem nem todos os países festejam essa data.

Boi de plantar
Muito antes da Internet, houve um caso de mentira publicado em jornais ingleses. Era escandalosamente uma mentira. Mas a revista Veja publicou como se verdade fosse.
Um laboratório teria descoberto uma forma de colocar proteína animal em tomates. Então dava para comer fruta (tomate é fruta sim) e carne de boi ao mesmo tempo. A revista brasileira a publicou como sendo verdade, e caprichou no título: O boimate.
O mal perpétuo
Hoje é pior com a IA. Dá para falsificar vídeos e inserir conversa de famosos. Precisa ter experiência para detectar a falsidade logo de saída. Por isso a maioria cai e, pior, compartilha.
Nunca poderemos identificar e eliminar as fake News. Nunca.
A história irreal
Por isso estamos contando a História como ela não é, acrescida da deformação editada de fatos reais pela imprensa.
Iargs
O Instituto dos Advogados do RS (Iargs) abriu no site um espaço, denominado “Calamidade Pública”, destinado a artigos jurídicos relacionados à atual situação do Estado do RS.
https://www.iargs.com.br/calamidade-publica-rs/