Com um brilho assassino no olhar, fui atrás do quindim perdido e da larápia. Descobri ambos no banheiro. Ela escovando os dentes, ele, ao lado. Fiquei estupefato, como podia levar um doce feito de ovo e coco para o banheiro? Foi uma eternidade até ela terminar a escovação, enxaguar a boca, limpar com a toalha de rosto e se dignar a me responder. Veio a revelação que liquidou com o pouco que tenho de espírito natalino e fé na humanidade. Acabou de vez. Ela disse-me assim, nem teve pena de mim.
– E tu ias comer um sabonete achando que era quindim! Não te deste conta que era uma imitação? E tem mais, vou ficar com ele.