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Mundo cão

O que está acontecendo com a cobertura jornalística de crimes violentos com requintes de perversidade extrema, como essa do assassinato de um menino Miguel, é de uma morbidez extrema. É o suprassumo do sensacionalismo.

De uma tragédia fazem um carnaval de detalhes macabros e entrevistas com testemunhas que fazem a delícia de sádicos. Tornam a coisa pior do que já é.

www.brde.com.br

Isso não é jornalismo. É como matar o menino duas vezes.

Na televisão reside o maior grau de sadismo e de apelos baratos envolvendo o show bizz. No popular, chinelagem.

Até a Globo, que, em décadas passadas, era uma ilha de excelência, hoje abriga esses exercícios de sadismo. Qualidade mais baixa que barriga de cobra.

Teatro de revista

Na década de 1950 e início dos 60, eram comuns os shows com este nome, formados por mulheres de biquíni ou maiô dançando no palco, cantando músicas de duplo sentido. Os nomes eram do tipo “Tem pixixi no pixoxó”, talvez o mais famoso deles.

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De origem carioca, lotavam os palcos de todo Brasil. Perto dos programas de TV de hoje, era coisa de freira.

Um dia a casa cai

O que assusta no alto número de brasileiros inadimplentes é que cada um deles deve para quatro credores, segundo entrevista na ZH. E o que assusta mais ainda é que 54% das dívidas se referem a custos básicos, luz, telefone, alimentação etc.

Há várias explicações para o crescimento e manutenção desse contingente. Mas, ao fim e ao cabo, explicação se dá para delegado de Polícia e porteiro de boate.

O caminho da inadimplência

Você caminha no Centro Histórico de Porto Alegre e se depara com cartazes, placas e folhetos entregues de escritórios oferecendo ajuda na renegociação das dívidas ou oferecendo empréstimos a perder de vista, juntando-se à oferta da rede  bancária.

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E o povo embarca. Então em vez de quatro credores, passam a ser cinco.

Santa Ingenuidade

É a santa que mais tem devotos neste país. Os crentes acreditam que vão ganhar na loteria, que vão receber uma herança inesperada, que o dinheiro vai cair do céu. E a maior de todas: acredita que existe juro zero.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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