Outro dia, uma amiga falou que o avô dela tinha participado da II Guerra Mundial, de 1939 a 1945. Disse a ela que isso era fichinha perto do meu. E expliquei meu caso, que a deixou boquiaberta.
Meu pai nasceu na Alemanha em 1897 e participou da I Guerra Mundial a bordo de um caça-minas da Marinha Imperial. Guerra que começou em 1914 e se estendeu até 1918.
O pai tinha 20 anos, portanto, lutou em 1917. Veio para o para o Brasil em dezembro de 1918 e chegou aqui em janeiro de 1920.
Agora a história fica interessante. Meu avô paterno, Remigius Albrecht, que infelizmente não conheci, morreu na Alemanha em 1952, aos 92 anos. Portanto, nasceu em 1860, um antes do começo da Guerra da Secessão dos Estados Unidos sob comando do presidente Abraham Lincoln. Perceberam? Avô, 1860. Não bisavô ou tataravô, avô.
Herr Remigius nasceu quatro anos do começo da Guerra do Paraguai. A família do pai era longeva. E, tanto meu pai quanto eu, fomos concebidos quando nossos progenitores já estavam na casa dos 40 anos.
Raspa de tacho, como ainda se diz aqui e acolá. Três gerações em três séculos, é mole?