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Lições para toda vida

“Nunca me arrependi do que fiz, mas já me arrependi muito do que não fiz”, enfatizou a matriarca da família Randon, Nilva Randon. Diante de uma plateia tomada por empresários, falou sobre o motivo que a levou a aceitar o convite e o desafio para palestrar na R.A (reunião-almoço) da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias) nesta segunda-feira (1º).

Nilva Randon. Foto de Júlio Soares/Objetiva
Nilva Randon. Foto de Júlio Soares/Objetiva

Dentro da série “Histórias Inspiradoras”, dona Nilva, como é conhecida, aos 89 anos, não só presenteou o público com sua presença alegre, bem-humorada e carismática, como também com suas memórias e lições de vida, que emocionaram a todos. Ao fim de sua palestra, foi efusivamente aplaudida de pé.

A cebola no corredor

Mulher cheia de pacotes e atrapalhada, sentou no banco dos idosos e virou sacola de compras. Rolou cebola, fruta e tempero verde pelo corredor.

A cada tentativa de juntar os fugitivos, deixava cair outros itens da sacola. Quando juntou tudo, a cebola rebelde saiu rolando pelo corredor.

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E ela, entre um resmungo e outro:

– Não sei porque tudo isso. Eu não preciso da metade!

Meio tarde para a constatação.

O mundo chapadão

Agora foi a Alemanha que liberou a maconha. Aos poucos, os países vão se rendendo ao inevitável. E, agora, é a vez das drogas ilegais.

Médicos, psiquiatras e psicólogos alertam para os efeitos nocivos da cannabis como porta de entrada para drogas mais pesadas. Em vão.

www.brde.com.br

Ao mesmo tempo, basta dar uma caminhada por ruas e avenidas de Porto Alegre para sentir o odor característico da erva, que, em décadas passadas, era chamada de erva maldita. Não sem motivo, aliás.

La nave va

Às drogas pesadas somam-se as drogas lícitas, a começar pelo álcool, o grande devastador de famílias, empregos e comportamentos antissociais. Faz parte do nosso DNA a autodestruição.

Ainda me incomodo com o cheiro, assim como me incomodam os bêbados Já bebi, e bastante. Mas há 32 anos estou de bico seco.

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Quanto à cocaína, aos poucos ela está sendo substituída pelas drogas sintéticas. A pior é a metanfetamina, que pode ser fabricada em laboratórios caseiros. É fácil de esconder, de ingerir, de transportar. É uma batalha de enxugar gelo.

Liberou geral

O dinheiro do tráfico é incalculável. Mas sabemos que compra todos que a ele se opõe, inclusive países.

Marchamos para um mundo dominado pelo tráfico ou pela liberação geral. Os humanos chegarão a um ponto de não-retorno ou, como em outros movimentos de suicídio em massa, pode haver um ponto de inflexão. Pode.

Vai depender das crianças a capacidade de dizer não quando chegar à idade adulta. Mudarão a história.

Recuso-me a classificar drogados como coitadinhos, como quer o poder público. Ninguém era viciado quando deu a primeira cheirada.

A geração

O escritor americano W.C. Fields disse que os Estados Unidos são uma nação grande e bêbada, tal o domínio da sociedade pelo álcool. Russos e outros países do Leste europeu consomem hectolitros de vodca, incluindo militares que têm o poder nuclear.

Olhe em volta. Quantos alcoólatras você conhece? Muitos, não é verdade? Em algum ponto do futuro mude o nome para drogados.

Formandos de 73

Os formandos da turma de Administração de Empresas da PUC de 20/12/1973 comemoram 50 anos de formatura, e farão encontro de confraternização dia 25 de abril na Churrascaria e Galeteria Komka partir das 18h30min.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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