“Nunca me arrependi do que fiz, mas já me arrependi muito do que não fiz”, enfatizou a matriarca da família Randon, Nilva Randon. Diante de uma plateia tomada por empresários, falou sobre o motivo que a levou a aceitar o convite e o desafio para palestrar na R.A (reunião-almoço) da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias) nesta segunda-feira (1º).
Dentro da série “Histórias Inspiradoras”, dona Nilva, como é conhecida, aos 89 anos, não só presenteou o público com sua presença alegre, bem-humorada e carismática, como também com suas memórias e lições de vida, que emocionaram a todos. Ao fim de sua palestra, foi efusivamente aplaudida de pé.
A cebola no corredor
Mulher cheia de pacotes e atrapalhada, sentou no banco dos idosos e virou sacola de compras. Rolou cebola, fruta e tempero verde pelo corredor.
A cada tentativa de juntar os fugitivos, deixava cair outros itens da sacola. Quando juntou tudo, a cebola rebelde saiu rolando pelo corredor.
E ela, entre um resmungo e outro:
– Não sei porque tudo isso. Eu não preciso da metade!
Meio tarde para a constatação.
O mundo chapadão
Agora foi a Alemanha que liberou a maconha. Aos poucos, os países vão se rendendo ao inevitável. E, agora, é a vez das drogas ilegais.
Médicos, psiquiatras e psicólogos alertam para os efeitos nocivos da cannabis como porta de entrada para drogas mais pesadas. Em vão.
Ao mesmo tempo, basta dar uma caminhada por ruas e avenidas de Porto Alegre para sentir o odor característico da erva, que, em décadas passadas, era chamada de erva maldita. Não sem motivo, aliás.
La nave va
Às drogas pesadas somam-se as drogas lícitas, a começar pelo álcool, o grande devastador de famílias, empregos e comportamentos antissociais. Faz parte do nosso DNA a autodestruição.
Ainda me incomodo com o cheiro, assim como me incomodam os bêbados Já bebi, e bastante. Mas há 32 anos estou de bico seco.
Quanto à cocaína, aos poucos ela está sendo substituída pelas drogas sintéticas. A pior é a metanfetamina, que pode ser fabricada em laboratórios caseiros. É fácil de esconder, de ingerir, de transportar. É uma batalha de enxugar gelo.
Liberou geral
O dinheiro do tráfico é incalculável. Mas sabemos que compra todos que a ele se opõe, inclusive países.
Marchamos para um mundo dominado pelo tráfico ou pela liberação geral. Os humanos chegarão a um ponto de não-retorno ou, como em outros movimentos de suicídio em massa, pode haver um ponto de inflexão. Pode.
Vai depender das crianças a capacidade de dizer não quando chegar à idade adulta. Mudarão a história.
Recuso-me a classificar drogados como coitadinhos, como quer o poder público. Ninguém era viciado quando deu a primeira cheirada.
A geração
O escritor americano W.C. Fields disse que os Estados Unidos são uma nação grande e bêbada, tal o domínio da sociedade pelo álcool. Russos e outros países do Leste europeu consomem hectolitros de vodca, incluindo militares que têm o poder nuclear.
Olhe em volta. Quantos alcoólatras você conhece? Muitos, não é verdade? Em algum ponto do futuro mude o nome para drogados.
Formandos de 73
Os formandos da turma de Administração de Empresas da PUC de 20/12/1973 comemoram 50 anos de formatura, e farão encontro de confraternização dia 25 de abril na Churrascaria e Galeteria Komka partir das 18h30min.