Algumas manias, ou até obsessões, surgem não sei de onde. Acho que ninguém sabe. O caso Islândia foi assim.
O país que só era conhecido pelos leitores de Júlio Verne (pois ele, lá por 1880, colocara ali a entrada do seu roteiro, pelo centro da terra) e não fosse por “Viagem ao Centro da Terra” poucos de nós conheceríamos a Terra do Gelo (se é terra como poderia ser gelo?) Mas o país é extraordinário, para alguns claro, mas ele e sua genialidade, escreveram sem conhecê-lo e sem muitas informações, e mesmo assim, motivou gerações a irem até lá ou pensarem em ir.
E, aos poucos, comecei a receber sugestões, pedidos até, que escrevesse sobre o país e seus contrastes. O primeiro foi do Kiko Hein, filho do meu amigo Nestor. Já faz mais ou menos um ano. Ele foi e se apaixonou. Além disso, foi na época de um festival de rock; melhor ainda.
Hoje dia 1°, vejo um belo artigo na capa do Caderno de Viagem e foi o suficiente para que a viagem voltasse a minha mente, afinal, eu havia feito um documentário sobre suas diversidades.
As paisagens da Islândia têm atraído estrangeiros também, porque elas passaram a ser mostradas nas telas de cinema. Isso porque, depois de Kreppa, o governo reduziu as taxas cobradas pelas produções cinematográficas e passou a incentivá-las.
Muito do que aparece na tela como território dos Sete Reinos, no continente fictício de Westeros, fica na Islândia. Há locações em pontos menos óbvios, como a porção norte da ilha.
O longa feito em 2014 com Russel Crowe foi quase que inteiramente filmado lá, mas na parte sul, em lugares como Dyrhólaey, Fossvogur e Reynisfjara. A equipe de filmagem enfrentou um mês de chuva intensa, em julho.
Já Batman Beguins, lançado em 2005, conta a história da origem do personagem e teve algumas cenas filmadas no glaciar de Vatnajökull – na ficção e na verdade, a maior massa de gelo da Europa e justamente onde o genial Verne, nascido em 1828, colocou a porta de entrada do seu imortal: Viagem ao Centro da Terra.