Se estivéssemos hoje na Islândia, ou seja, já no inverno, que vai de outubro a março, teríamos a oportunidade de admirar a aurora boreal, fenômeno associado ao sol que tinge de verde, roxos, brancos e outros tons, os céus do Círculo Polar. Poderia também, flagrar mais um dos arroubos temperamentais do vulcão Bardarbunga, que em erupção desde agosto, vem expelindo lava, fumaça e cinzas. É possível ver o rio de magma descendo a montanha e que, segundo se prevê, deve continuar por muitos meses.
Isso somado ao fenômeno do sol da meia noite, as cachoeiras imponentes, os gêisers e piscinas termais de cor turquesa que compõem um mosaico de motivos expressivos para você visitar a Islândia, mas não esqueça: no verão, vou repetir: V-E-R-Ã-O.
A cada ano incrementa o número de visitantes – passou de 400 mil em 2008 para 800 mil no ano passado. E vem investindo em novidades. O Ice Cave, conjuntos de bares e restaurantes escavados dentro do Glaciar Langjökull, deve ser inaugurado em maio.
Nos Fiordes Ocidentais, os visitantes poderão viver a incomum experiência de esquiar do topo das íngremes montanhas até a beira do mar. E os novos chalés no Deplar, antiga fazenda de tosa de carneiros, cercada por montanhas de mil metros de altura e convertida em um compacto hotel de luxo. A oferta hoteleira, antes escassa, disparou para 40 estabelecimentos nos últimos anos.
A capital, distante três horas de Londres e com 200 mil habitantes, convida a beber e comer – algumas esquisitices, é verdade, como o Roth Sharck, que é o charque deles, só que invés de secado ao sol é congelado no subsolo, pois invés de lençol freático eles tem o permafrost a um metro de profundidade. E mais, carne de baleia, que eu lamento muito, e puffins, que é o que você já viu na ilustração, uma simpática ave migratória que chamam de papagaio-do-mar.
E pode também divertir-se em uma das mais tradicionais atrações islandesas, a Blue Lagoon, que brotou com o acionamento de uma usina geotérmica, de onde afloraram águas quentes, usadas em um spa e relaxamento – a massagem dentro d’água é a mais disputada, dura meia hora. O nome autoexplicativo é mais um dos atrativos para passar o dia ao ar livre, sem frio, ainda que rodeado de neve.
Bem ao lado da lagoa, os intrigantes campos de lava criaram um cenário que remete à superfície lunar e pode ser descoberto de quadriciclo. Outro gigante imprevisível que pode ser admirado e ganhou fama, é o Eyjafjallajökull, vulcão que parou o tráfego aéreo na Europa em 2010, provocando o cancelamento de 104 mil voos. Transformada em centro de visitantes, uma fazenda vizinha exibe filmes e mostra fotos sobre a erupção.
*A Islândia é pequena, mas o texto segue….. se você quiser!