Alguns filmes deveriam fazer parte dos guias de turismo de um país. Leio a ficha de produção que às vezes o Goida me empresta (lembram dele?), até hoje tenho saudades dos seus comentários, dos palpites e correções que ele fazia nos slides shows que eu mostrava no Studio (hoje Clio).
Quanto aos artistas, invejo numa boa com quem eles se envolvem e o seu plano de milhagem. Os Personagens viajam um bocado nos filmes da série. Mais que os artistas no primeiro, 1996, Praga exibe seus principais pontos turísticos, como a Ponte Carlos e a Cidade Velha. E Londres é mostrada com a Tower Bridge e a Tate Galery.
Estes filmes influenciam enormemente na escolha dos nossos roteiros, além de mostrar as melhores coisas das cidades, as mostram nas melhores condições de clima, iluminação e até de… romance.
Se você me perguntar se recebem algum subsídio eu não saberia dizer, mas quem sabe, algum dia, façam uma declaração premiada, aí ficaremos sabendo até os números depois da vírgula.
Só o que sabemos é que o Woody Allen, há tempos, está tentando fazer um filme no Rio, até o prefeito Eduardo Paes já comentou e ele, o autor, já fez de Roma, Nova York etc. E convenhamos, em termos de cenário, nenhuma bate o Rio. Com a massa cinzenta que ele tem, será um sucesso garantido.
*Mas é claro, algo faz com que eles não se entendam.
Enquanto isso, em 2000, o herói foi para a Austrália, destrinchando cenas intensas na Ópera de Sydney e na Harbour Bridge. Na abertura, Hunt quase despenca de um abismo no Deserto de Mojave, isto já nos Estados Unidos. Aliás o país está em Missão Impossível 3 (2006), com takes em Los Angeles e Richmond. No Protocolo Fantasma, disseram-me que o Tom Cruise escala 825 metros de altura do Burj Khalifa, em Dubai.
Vou tentar vê-lo, pois cinema mostra tão bem os lugares que, às vezes, ao vivo, tornam-se uma decepção. Um exemplo é a Fontana di Trevi que acho belíssima, mas com o olho do Federico e o visual da sueca Anita Ekberg, muito, muito melhor. Além disso, sabemos que era tudo dela e não da indústria petroquímica.