Como até as antigas máquinas de escrever sabem, desde o ano passado, o jornalismo e os jornalistas brasileiros estão passando uma fase muito, muito ruim. Nunca nessa minha longa estrada vi quadro como o atual, e piorando. Em 2014 foram cerca de 1,5 mil demissões e, neste ano, já são 400. Os motivos sabemos, falta de receita, mas não só. Na hora da bananosa, os defeitos de gestão ficam mais visíveis.
Os cortes nas redações se dão, via de regra, lá em baixo e lá em cima. Maiores salários obviamente são pagos para os mais tarimbados, e, quando você demite um macaco velho, a qualidade do produto cai. E vem caindo muito. A velha história de cortar qualidade agregada ao produto. E isso deveria ser a última coisa a se cortar.
É como um caminhão que não vence uma ladeira e o motorista, em vez de calçar o possante, sai da cabine e o empurra mais ainda lomba abaixo. É por isso que muitos jornais são, hoje, ilegíveis. Até os Classificados são mais interessantes.