Saí com a alma lavada da palestra que o escritor e filósofo Luiz Felipe Pondé fez sexta passada para o Sindicato Médico do RS (SIMERS). Crítico implacável do politicamente correto, a palestra de Pondé começou dizendo que o politicamente incorreto faz bem para a saúde. Em seguida, afirmou que “é na educação que o politicamente correto está fazendo os maiores estragos”, causando sérias crises de identidade/sexualidade ao não diferenciar meninos e meninas. Aliás, querem nos impingir o meninxs – em vez de “o” e “a” de meninos e meninas.
O politicamente correto surgiu nas universidades norte-americanas (lembram do manual da cantada “posso abrir o primeiro botão da tua blusa?”) e como praga – opinião – espalhou-se como uma gripe. Ocorre, como diz o meu rebento Christian Freire Albrecht, que pelo menos eles têm a Primeira Emenda, que garante a liberdade de expressão.
Ao analisar os objetivos do movimento, Luiz Felipe Pondé foi preciso mais uma vez. O conceito de fazer modificações sociais através do controle da linguagem não é coisa nova, foi utilizada no passado pelos fascismo e pelo nazismo.