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Correto e incorreto

  Saí com a alma lavada da palestra que o escritor e filósofo Luiz Felipe Pondé fez sexta passada para o Sindicato Médico do RS (SIMERS). Crítico implacável do politicamente correto, a palestra de Pondé começou dizendo que o politicamente incorreto faz bem para a saúde. Em seguida, afirmou que “é na educação que o politicamente correto está fazendo os maiores estragos”, causando sérias crises de identidade/sexualidade ao não diferenciar meninos e meninas. Aliás, querem nos impingir o meninxs –  em vez de “o” e “a” de meninos e meninas.

  O politicamente correto surgiu nas universidades norte-americanas (lembram do manual da cantada “posso abrir o primeiro botão da tua blusa?”) e como praga – opinião –  espalhou-se como uma gripe. Ocorre, como diz o meu rebento Christian Freire Albrecht, que pelo menos eles têm a Primeira Emenda, que garante a liberdade de expressão.

  Ao analisar os objetivos do movimento, Luiz Felipe Pondé foi preciso mais uma vez. O conceito de fazer modificações sociais através do controle da linguagem não é coisa nova, foi utilizada no passado pelos fascismo e pelo nazismo.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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