O processo de fabricação é demorado e caro, sendo praticamente o mesmo de séculos atrás. Um champanhe comum leva pelo menos dois anos para ficar pronto e, os especiais, até cinco anos. Alguns ficam estocados nos subterrâneos das cidades nos crayères, que são túneis cavados no giz. A casa Moët et Chandon tem 28 quilômetros destes túneis onde estão armazenadas milhões de garrafas esperando a conclusão do processo de fabricação.
Até 1846, o champanhe era uma bebida de paladar doce, não existindo o seco (brut) ou o meio seco (demi-sec). Foi uma firma inglesa que primeiro encomendou um vinho espumante sem açúcar, durante certo tempo somente consumido na Inglaterra. Hoje, o mundo inteiro (inclusive os franceses) aprecia e consome o champanhe seco, mais vendido que o doce.
Só no reinado de Luís XV (1710-1774), o champanhe tornou-se uma bebida famosa. Sua amante, Madame Pompadour exaltava a bebida. Dizem que a origem do formato das taças usadas para se tomar o vinho foi inspirada no formato de seus seios. Que seja! Mas, durante a Revolução Francesa, o champagne tornou-se uma bebida maldita por sua associação com a nobreza e o luxo da corte francesa. No Império de Napoleão, o vinho foi reconduzido ao seu lugar de destaque. A primeira marca de luxo do champanhe (Cuvée de Prestige) foi feita por ordem do Czar Alexandre II, quando da ocupação da França pelas tropas russas.
As primeiras embalagens foram feitas em garrafas de cristal puro. Daí a marca Cristal. O sucesso do vinho atingiu o apogeu na Bèlle Èpoque e a partir daí acabou conquistando todo o mundo.