Há um documentário do Animal Planet que mostra um encontro invulgar no mundo das cobras. Em uma das poucas florestas tropicais ainda restantes, em algum país asiático, em um determinado dia, centenas e centenas de cobras se reúnem em um determinado ponto da mata, e ali permanecem entrelaçadas por um longo tempo. Você não sabe onde um répritl começa e outro termina. Os cientistas ainda não descobriram bem o espírito da coisa, porque não se trata de um ritual de acasalamento.
No grande Butantã brasileiro, esse baile de cobras também acontece, só que não é uma vez por ano. Todos os dias as cobras públicas e privadas brasileiras se enroscam, também a ponto de não se distinguir umas das outras, o que é público e o que é privado. Também não é um ritual de acasalamento, mas uma troca de fluídos de informação em que os negócios são facilitados e barreiras legais e/ou morais são derrubadas para o bem de todos e a infelicidade geral da Nação.