O produtor e economista alegretense Gilberto Pelicco envia interessante artigo sobre os caminhos do arroz, uma cultura que historicamente apresenta problemas de remuneração. Ei-lo:
Tem riscos relativamente baixos mas quem lembra o ano de 2008, quando muitos orizicultores venderam sua produção alguns dias antes dos preços mudarem de patamares? Fizemos reclamações de nossas entidades representativas, também dos consultores de mercados tidos como formadores de opinião e também os agentes de mercado por não verbalizarem ou não saberem de tal situação?
Eu lembro e também errei! Sou produtor de arroz de origem (pais e avós). O arroz é minha identidade. Tenho formação econômica, mas o que me agrega são os 56 anos de idade onde já acertei e errei muito na atividade. No entanto, entendo que os erros são as marcas dos que arriscam um pouco mais para fazer a diferença da evolução.
Deixando o “papo” de lado, resolvi acompanhar o mercado nacional e internacional para não “errar” tanto. O que trago são informações relevantes e de raciocínio lógico para os meus companheiros de lavoura.
De tudo, avalio que o mercado mundial do arroz está exposto a uma grande crise no desabastecimento, que pelas circunstâncias atuais deixará a crise de 2007 e 2008 “uma marolinha.” Vamos aos fatos:
Assim, a crise mundial do arroz está desenhada, não será surpresa se os preços passarem do patamar dos US$ 15 por saca. Cabe destacar que, quando os fatos são verbalizados com antecipação, eles podem não acontecer na mesma ordem ou proporção, mas ainda assim, deixar de externar esse possível cenário é furtar-se dos prováveis acontecimentos e de seus impactos para os produtores. Fiquem alertas!
Gilberto Pilecco, produtor e economista