…da aurora da minha viiiida, diz a letra da uma antiga canção. Sou um nostálgico assumido. Acho que hoje temos tecnologias que facilitam a rotina. Mas o preço a pagar é caro. E eu me pergunto se vale a pena.
Entrementes, lembro de Montenegro dos anos 1950 até o início da década de 1960. E da vida simples, sem criminalidade, de dormir de janela aberta, do colégio, dos banhos no rio Caí, das reuniões dançantes, da minha turma da qual só resta eu. Também das “vendas” como o Armazém Defesa, da dona Odila, e do caderninho do fiado, uma instituição daquele tempo nas cidades.
Cada um tinha o seu cheiro característico emanado das mercadorias. Um deles era o do balcão de madeira envernizado no capricho. Se tiver outra vida gostaria que fosse a da minha infância em São Vendelino e, claro, do doce pássaro da juventude.