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A lebre galáctica

A propósito das notas sobre o Big Bang e o enigma da criação do Universo, recebi da minha filha Fabíola um intrigante artigo a respeito de uma descoberta do telescópio espacial James Webb sobre galáxias que já tinham 320 milhões de anos quando ocorreu o Big Bang. A conclusão é que o processo de formação de galáxias deve ser revisto.

Nesse caso, considerando que, então, galáxias já nasceriam muito mais “prontas” ou mais rápidamente do que se supunha. Não o invalida, mas abre caminho para uma lebre levantada, a continuação sem começo nem fim.

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Assim como Portugal e depois a Espanha iniciaram as Grandes Navegações à procura de outros mundos ao longo do século XV, a Humanidade procurará Novos Planetas para fugir deste já superlotado e em busca de minerais, assim como os portugueses procuravam especiarias como canela, outros temperos e riquezas.

Não por acaso canhões de dinheiro como a NASA, China, Japão e bilionários como Elon Musk (Tesla) já lançam foguetes exploratórios para a Lua, baldeação para Marte.

O ônibus da Marcopolo

Não deixa de ser irônico que o ônibus pode ter perdido terreno na Terra. Mas sob forma espacial voltará a ser um bom negócio. Vai que é tua, Marcopolo!

Exagero? Olha que o futuro está logo ali dobrando a esquina.

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Ah, é difícil? Guardadas as proporções, não mesmo. Nós já sabemos muito sobre Marte e outros sistemas solares. Ao passo que os capitães das caravelas portuguesas não tinham nem certeza que haveria terra depois do mare nostrum. Foi um salto no escuro sem rede.

Enquanto isso, aqui embaixo…

O mundo está sempre em guerra por um motivo ou outro. O que torna as atuais mais assustadoras é que podemos vê-las ao vivo e a cores, com todos seus detalhes sórdidos e cruéis.

O que não podemos ver sem uma máquina de aceleração do tempo é a decadência do Ocidente, a começar pelos Estados Unidos. O hedonismo americano chegou a tal ponto que, em uma só peça de hambúrguer, conseguem colocar seis queijos e seis molhos diferentes, às vezes com três carnes diferentes.

É sintoma de que algo de muito grave está solapando este país pouco a pouco. A ponto tal que a estrutura periga morrer de morte morrida. Sem falar que querem meter o bedelho em três guerras diferentes.

Eventualmente, um atirador sobe no telhado de uma escola e diminui a população de alunos no país. Na Europa, os refugiados sem qualificação e o mar de muçulmanos que enche países como a França de propósito deveria ser assunto de segurança nacional.

O que fazem as vozes pensantes? Nada além de tímidos vagidos como se nenês fossem.

A China vai dominar o mundo, repetem todos. Já domina boa parte, ora bolas. Falta só o arremate.

De automóveis em que não se achava uma peça bem feita, passaram a dominar os carros elétricos de excelente qualidade. Sua tecnologia de placas solares é a melhor do mundo e falta só um tiquinho para invadir Cingapura com sua tecnologia de chips e processadores, na qual são craques.

A Mãe Rússia, a chorosa Mãe Rússia, é dominada por um rebento impiedoso e cruel que será sucedido por outro rebento impiedoso e cruel invadindo quintais vizinhos. O Sudeste Asiático vai prosperar vendendo brinquedos de plástico.

A Coreia do Norte vai fazer bobagem nuclear mais dia menos dia. O que será o fim dela e da Coreia do Sul.

Nâo faz marola…

Ainda bem que nós aqui estamos sentados tomando chimarrão e comendo churrasco, bebendo água de coco e plantando soja. Esses refugiados estrangeiros ainda não descobriram o Brasil.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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