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A felicidade é como uma pluma…

Assistindo aos noticiários que envolvem guerras e conflitos com pessoas extremamente infelizes, dei-me conta que podemos classificar os povos entre felizes e infelizes. Mesmo que os primeiros não sejam felizes 24 horas por dia.

Valho-me de uma frase da atriz Tônia Carrero. Ao ser perguntada se era feliz, respondeu que  era era feliz várias vezes por dia.

Ocorre que esse estado de espírito é limitado. Seria impossível todos serem felizes, mas — ai de nós! – o oposto é perfeitamente possível. A marcha da insensatez criou desvios estranhos no que chamamos de sociedade ao longo da sua história.

…que o vento vai levando pelo ar

Em MacBeth,  o gênio William Shakespeare colocou na boca do personagem uma frase terrível: “A história é um conto cheio de som e de fúria, narrado por um idiota significando nada”. 

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Então, ao longo dos séculos, o Homem criou formas de se encher mais de fúria a pretexto de dominar a si mesmo. Faz uso de toda sorte de aditivos químicos, que começaram com álcool e plantas entorpecentes como o Ovídio e mescalina  para chegar a substâncias como cocaína e psicotrópicos.

Neste sentido, o ser humano teve pleno sucesso, o fato de se autodestruir procurando o quê? A felicidade, ora, via alteração da consciência.

…voa tão leve e tem a vida breve

Quando vejo manifestações pedindo paz ou direitos civis me dá certa pena, pois mesmo que ela chegue a felicidade nunca vem junto. É uma impossibilidade criada pela mente desde que nascemos. Tudo porque somos dominados por algo que não controlamos, o inconsciente.

https://cnabrasil.org.br/senar

Seja quem for que o criou ou se veio junto com o sopro da vida, foi a perfeição da maldade. Condição da qual poucos escapam ou conseguem parcialmente  a felicidade várias vezes por dia.

…precisa que haja vento sem parar

Na prática, é para ficar em apenas uma plataforma de comunicação. A função do jornal é alarmar o povo, não deixá-lo feliz. Boa notícia não vende jornal.

Fernando Albrecht

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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