Assistindo aos noticiários que envolvem guerras e conflitos com pessoas extremamente infelizes, dei-me conta que podemos classificar os povos entre felizes e infelizes. Mesmo que os primeiros não sejam felizes 24 horas por dia.
Valho-me de uma frase da atriz Tônia Carrero. Ao ser perguntada se era feliz, respondeu que era era feliz várias vezes por dia.
Ocorre que esse estado de espírito é limitado. Seria impossível todos serem felizes, mas — ai de nós! – o oposto é perfeitamente possível. A marcha da insensatez criou desvios estranhos no que chamamos de sociedade ao longo da sua história.
…que o vento vai levando pelo ar
Em MacBeth, o gênio William Shakespeare colocou na boca do personagem uma frase terrível: “A história é um conto cheio de som e de fúria, narrado por um idiota significando nada”.
Então, ao longo dos séculos, o Homem criou formas de se encher mais de fúria a pretexto de dominar a si mesmo. Faz uso de toda sorte de aditivos químicos, que começaram com álcool e plantas entorpecentes como o Ovídio e mescalina para chegar a substâncias como cocaína e psicotrópicos.
Neste sentido, o ser humano teve pleno sucesso, o fato de se autodestruir procurando o quê? A felicidade, ora, via alteração da consciência.
…voa tão leve e tem a vida breve
Quando vejo manifestações pedindo paz ou direitos civis me dá certa pena, pois mesmo que ela chegue a felicidade nunca vem junto. É uma impossibilidade criada pela mente desde que nascemos. Tudo porque somos dominados por algo que não controlamos, o inconsciente.
Seja quem for que o criou ou se veio junto com o sopro da vida, foi a perfeição da maldade. Condição da qual poucos escapam ou conseguem parcialmente a felicidade várias vezes por dia.
…precisa que haja vento sem parar
Na prática, é para ficar em apenas uma plataforma de comunicação. A função do jornal é alarmar o povo, não deixá-lo feliz. Boa notícia não vende jornal.