Há alguns anos, conheci José Benaroch, reitor da Universidade Hebraica de Jerusalém. Como era judeu sefaradi, da Península Ibérica, falava um português de Portugal e nos entendemos muito bem. Pois foi ele que me contou a história do tomate cereja que Israel deixou de exportar.
Como boa parte das pessoas detesta pessoas ou países que dão certo, certamente vão torcer o nariz para este relato. Existe lá um sistema espetacular para aperfeiçoar ideias, a de reunir acadêmicos com executivos públicos e privados. Sempre sai uma boa ideia.
No caso, uma reunião na universidade da qual Benaroch era reitor, discutia sobre exportação de tomate-cereja, desenvolvido por Israel. Então um aluno pediu a palavra. Diante do fato de que um tomate tem 85% de água, o estudante deixou todos pasmos ao dizer que o rei estava nu.
– Se 85% do tomate-cereja é água e a coisa que mais falta faz em Israel é água, a verdade é que estamos exportando água que tanto nos falta!
Depois de algum tempo, os israelenses pararam de exportar tomates-cereja. Passaram a vender só as sementes.
[ad name=”HTML SENAR RS”]